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De: "Ismael J. Morales"
Data: Sex Jan 18, 2002 4:18 pm
Assunto: Oração.


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ORAÇÃO

O que é o Culto?


Chama-se culto esse mesmo esforço quando praticado coletiva e simultaneamente por um grupo de pessoas. No culto público o aspecto particular da Vida Divina que se busca alcançar fica indicado pelas palavras da Liturgia ou dos Hinos empregados. É essencial que na oração coletiva ou culto, todos tenham em mente a mesma idéia, o mesmo aspecto da Divindade no momento de orar.

Quando uma numerosa Congregação de pessoas está realmente unida pela mesma aspiração, ou inspiradas pelas mesmas emoções, o efeito é muito maior do que se esse mesmo número de pessoas orasse separadamente, cada uma a sua própria maneira. O "túnel" que a ação de um grupo unido de pessoas "perfura" através dessas nuvens que nos separam do mundo da realidade é muitíssimo mais amplo que a soma dos "túneis" que perfurariam isoladamente as mesmas pessoas. Por conseguinte, o caudal de Poder Divino que desta maneira se libera, é correspondentemente maior. Este é o propósito principal da adoração pública, ou Culto.

Estes são os princípios ou normas de Oração e Culto que podemos tomar como guias enquanto não conhecemos outros melhores.

A prática da oração

Vejamos agora algo mais acerca da prática da oração. Muitas pessoas perguntam quando, onde e em que postura devem orar ou meditar. Oferecemos algumas sugestões que podem ajudá-las.

As melhores condições são: Isolamento, sossego, e oportunidade de orar pela manhã. O período da manhã é melhor do que a tarde para isso, tanto porque estamos mais leves e despertos após uma noite de descanso, como porque as forças naturais nos ajudam mais nas horas que precedem ao meio-dia. Reunidas todas essas condições, não se deve existir nenhuma dificuldade para orar ou meditar. Então pode-se escolher qualquer posição que facilite o exercício real das faculdades espirituais. A maioria acha que a posição sentada é a mais adequada para a meditação profunda. Para orar, especialmente se a oração se combina com qualquer prática simples de ritual que pode ser de muitíssima ajuda, as posições de pé e de joelhos, alternadas, são as mais adequadas em geral. Em todo caso, a posição não é uma questão de grande importância, como alguns crêem; é apenas um meio para um fim. O fim que buscamos é tocar a realidade. E qualquer postura que menos nos impeça de alcançar esse fim é a que devemos adotar.

Essas são as condições externas mais desejáveis para orar, e as duas primeiras, isolamento e sossego, são as mais importantes. Porém nem sempre podemos reunir estas condições e então teremos que aproveitar outras. Algumas pessoas tem que contentar-se em orar ou meditar enquanto caminham pelas ruas e avenidas, ou vão nos ônibus ou trens a seus locais de trabalhos.

Para o culto ou adoração pública, não há dificuldade. As liturgias indicam geralmente quando se deve ajoelhar ou pôr-se de pé, e sentar-se; e é bom seguir essas indicações sempre. Pois quando as pessoas atuam e se movem juntas tanto física como mental e emocionalmente, mais efetivo será o serviço que prestam por meio do culto.

Vejamos agora o objeto principal deste capítulo, que é o de considerar os diferentes tipos de Oração e a arte de combiná-los.

Diferentes tipos de oração

A oração se classifica em quatro tipos principais, a saber: Adoração, Petição, Intercessão e Confissão.

Comecemos por esta última, a Confissão, porque é de um caráter distinto dos outros três tipos e não pode combinar-se muito bem com eles. Não é preciso nos estendermos muito sobre a Confissão, basta-nos dizer que é desnecessário advogar ante DEUS por misericórdia e perdão. Essa espécie de alegação ou defesa, pertence à época em que se considerava Deus como um juiz, e a religião se interpretava em termos de Lei. Nós que interpretamos a religião em termos de Vida e não de Lei, faremos bem em examinar nossa conduta ao final de cada dia e onde encontraremos uma falha tomaremos nota mentalmente sem artifícios. Isto é o suficiente. E se o fizermos assim todos os dias, ajudaremos muitíssimo a emancipar nosso verdadeiro Ser de suas ataduras ao ser inferior.

Passemos agora aos outros três tipos, descritos como: Adoração, Petição e Intercessão.

Eles são três tipos distintos de Oração, são mais três aspectos de uma mesma atividade espiritual, cada uma das quais poderia facilmente cair no abuso se fosse dissociada dos outros dois.

Alguém dizia que não era partidário da Adoração porque lhe parecia uma adulação. E assim pode ser se for usada isoladamente, sem levar consigo a idéia de despertar em nós as qualidades divinas evocadas por nossos louvores, ou seja, sem Petição, ou sem a idéia de dirigir essas qualidades para outros (Intercessão).

Outras pessoas objetam a forma de oração chamada Petição, porque lhes parece desnecessário pedir a Deus, pois o mesmo sabe o que necessitamos e nos dará sem pedi-lo. E este também é um comentário justo se a Petição for usada para pedir que se nos outorgue e aos nossos familiares, qualquer classe de benefícios espirituais ou temporais, com dispensa de todo esforço pessoal para adquiri-los.

Vemos pois que se praticamos conjuntamente os três aspectos da oração, não será fácil incorrer nos abusos indicados nestas objeções. Desenvolvamos um pouco mais a fundo esta idéia dos três aspectos da oração.

Quando começamos um ato de oração, nós formamos primeiro um conceito mental de Deus, seja como Absoluto, como Criador do Universo ou como Cristo Senhor ou ainda manifestado em seu aspecto Maternal representado por Maria Santíssima. Esse conceito mental inclui as qualidades Divinas que mais nos atraem: Poder, Amor, Sabedoria, Beleza, etc. A momentânea contemplação da idéia de um Ser em Quem estão perfeitamente manifestada estas qualidades ou Quem é a perfeita combinação dessas qualidades, deve evocar, necessariamente, das profundezas ou alturas do nosso próprio ser, alguma emoção boa. Essa evocação de alguma emoção nobre, é em si mesma um ato de louvor ou Adoração, já se expresse ou não por palavras.

E com este ato de louvor combinará quase inevitavelmente, um ato de Petição, pois não podemos contemplar o que admiramos sem desejar assemelhar-nos ao objeto de nossa admiração e sem atualmente crescer um pouco a sua semelhança. Esse forte desejo de assemelhar-nos ao que admiramos e amamos, é em si mesmo Petição, já se formule ou não por palavras.

Desta maneira a oração ajuda enormemente ao crescimento ou evolução. É óbvio que no nível humano de evolução, para que o progresso seja contínuo tem que haver esforço por parte dos seres humanos individualmente, mesmo que haja essa cooperação entre o grande impulso interno e a ajuda do alto. Este ato combinado de Louvor e Petição, tende a liberar a potência divina, e a fazer com que essa força auxiliadora desça alto por meio do canal criado pelo nosso esforço. Desta maneira colaboramos com Deus para nossa Evolução. É quase desnecessário dizer que nunca devemos introduzir nessa combinação de Louvor e Petição os elementos do servilismo rasteiro e da lamentável auto-degradação.

Mas apesar de tudo o que foi dito, esta combinação de Louvor e Petição, embora forte e poderosa para o bem não é todavia oração perfeita pois lhe falta combinar com o terceiro elemento, a Intercessão.

A Intercessão é a distribuição ou difusão do Divino Poder que se atraiu e liberou. É uma característica essencial, um requisito da oração, sem o qual não pode fluir livremente com ele, tem que haver um esforço deliberado por compartir, ou dirigir a graça do alto para outras pessoas.

Para que esta distribuição do Poder Divino possa cobrir um campo o mais amplo possível, é bom manter na mente todo um campo de simpatia em círculos concêntricos, a saber: no círculo mais externo devemos incluir tudo, absolutamente tudo, quanto vive; no seguinte, a todos os seres humanos conhecidos e desconhecidos, em outro mais para dentro, a todos aqueles com quem temos relações de parentesco ou amizade; e no círculo mais interno, àqueles a quem particularmente amamos e com os quais esperamos estar associados e unidos para sempre. Sobre todos esses seres podemos, por um esforço de vontade, ir dirigindo o Poder que nosso Louvor e Petição atrai do alto. E para alguns podemos dirigir esse Poder individual dos três elementos da Oração: Adoração, Petição e Intercessão.

Modelos de Oração

Duas ilustrações, com palavras como guia, farão mais inteligível este conceito. Tomemos as cláusulas da chamada Oração do Senhor, um modelo perfeito: "PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU, SANTIFICADO SEJA O TEU NOME..."As duas primeiras cláusulas, meditadas por um momento, induzem a Adoração e Petição. O desejo de que o Reino venha e a Vontade Divina seja feita aqui na Terra como no Céu (ou mundo da realidade) é uma ato de Petição e de Intercessão.

Outro modelo é a GLÓRIA IN EXCELSAS, cujas cláusulas iniciais são: "GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS, E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE". O que é suficiente para induzir e expressar as idéias contidas nas palavras Adoração, Petição e Intercessão, tal como tratamos de explicar.

Creio que essas são orações ideais. Mas em qualquer oração cuidadosamente selecionada podem combinar-se estes três aspectos ou atividades, e então a prática da oração se converte num verdadeiro ato de serviço, bastante livre de egoísmo, ao mesmo tempo que é uma ajuda muito poderosa para o desenvolvimento espiritual individual.

(Extraído da obra do REVMO. BISPO FRANK METERS WATER PIGOTT, 3° Bispo-Presidente da I.C.L, período l934-1956: "Religion for Beginners", publicado em espanhol pela Editorial San Albano, Bogotá, Colômbia, sob o título "Elementos de Religion" na Coleccion Catolicismo Liberal, pag. 176 a 184).

O PODER DA ORAÇÃO

A oração é realmente um grande poder. Com ela pode-se movimentar céus e terras. Tudo pode ser renovado pela oração. Tudo pode ser substituído pela oração, mas nada pode substituí-la.

Em todo ser humano há tendência de sair de si mesmo, cada qual quer ser alguém e realizar alguma coisa. Muitos, porém, foram emaranhados nas causas terrenas que são incapazes de romper suas amarras. "Num espaço estreito os sentidos se estreitam". Tudo seria diferente se soubessem orar bem.

A arte de orar

Um princípio fundamental na evolução espiritual:

A Vida Divina, que vibra em cada átomo do Universo e dentro de todas as formas vivas em todos os reinos da Natureza, está continuamente exercendo uma pressão desde dentro, e executando lenta e gradualmente um Grande Plano.

Essa vida, a semelhança de miríades de arroiozinhos, está sempre buscando reunir-se com as Fonte de onde emanam os arroios separados; isto é, com Deus. Quando a corrente da evolução chega ao nível humano, entra numa etapa na qual cada arroiozinho individual pode cooperar, de um modo autoconsciente e inteligente com esse Plano Central. E quanto maior é essa cooperação inteligente com o impulso Divino, mais rápida é a evolução das unidades de consciência que assim podem em grande medida dirigir sua própria evolução com suas próprias mãos.

Essa pressão desde dentro é continua em todos os casos. Quando os seres humanos não ajudam consciente e deliberadamente a essa pressão, a evolução é lenta. Mas quando estão despertos e alertas, e se dão conta do que ocorre e livremente cooperam com o Plano Divino, então se combinam duas forças poderosos com a mesma finalidade (a força de Deus e o esforço do ser humano) e então a evolução se acelera.

A conexão que existe entre este principio e a arte de orar, é óbvia. A oração é nitidamente um ato religioso. Quer dizer, um ato que dente a Religar o ser humano com Deus. Pois a oração, quando praticada corretamente consiste num esforço deliberado e inteligente, feito por um centro de consciência em quem a Vida Divina está exercendo aquela forte pressão desde dentro, e com a finalidade de elevar-se até sua Fonte e unir-se com ela.

Essa é a síntese da idéia a religião: tratar de libertar-se das ataduras com o ser ou o modo de existir inferior, e substituí-las por uma união com Deus, na qual existe perfeita liberdade. A palavra “religião” contém em si mesma a idéia de ligar, ou unir.

Mantendo este principio em mente, tratemos de compreender como podemos dirigir melhor nossas orações e nosso culto com essa finalidade. Isso depende principalmente do grau de atividade espiritual que sejamos capazes de exercer, e também será questão de temperamento. Se podemos elevar nossos pensamentos mais e mais, até ultrapassar a mente concreta e alcançar um nível de concentração na mente abstrata, e se conseguirmos manter a concentração nesse nível, seja qual for, então se obtém o propósito da oração: se efetua a comunhão com Deus.

Se não podemos atravessar os níveis concretos, mas apenas conseguimos conceber a Deus e os mundos superiores partindo de alguma expressão concreta, ainda assim se cumpre em certa medida o propósito da oração, pois existe certo grau de comunhão com Deus.

Expressemos a mesma idéia de outra maneira ou forma. Se não podemos atingir os graus superiores da contemplação de Deus como Absoluto ou como Criador de todo o Universo, podemos certamente conceber a manifestação terrena e humana de Deus em Cristo, nosso Senhor e em Maria Santíssima, nossa Senhora, em quem está a Vida Divina representada integralmente, e conseguirmos sustentar por certo tempo as faculdades espirituais concentradas em um Ser assim perfeito, então também se cumpre em grande escala o propósito da oração.

O propósito da oração e do culto

Esse propósito é, como já dissemos, o de que mediante esforço dirigidos de um modo consciente e inteligente para um objetivo mais elevado que possamos alcançar, se perfure um túnel, como diríamos, através das nuvens de irrealidade que ocultam dos nossos olhos o Reino de Deus; e que por meio desse túnel aberto por nosso esforço, o caudal da Vida Divina inunde nossas almas.

Liberar a Energia Divina do “alto”, é, pois, o propósito da oração e do culto. Em outras palavras, efetuar uma união entre a vida interna que pressiona para cima, e a vida do “alto” que pressiona para baixo.

Conceber a Deus como pessoal ou não, para efeitos de oração, é em grande parte questão de temperamento. Porém em todo caso tratemos de considerar naturalmente que essa Vida ou Energia do “alto” a qual procuramos liberar por meio de nosso esforço, precede de um ser muito mais racional que nós. Entendamos que se trate de um Poder muito diferente, digamos, do que o do vento ou da eletricidade ou qualquer das forças mecânicas; e por isso é que dizemos e pensamos que Deus é uma pessoa.

Usar ou não palavra para orar, também é em grande parte questão de temperamento, de preferência individual. As palavras são úteis, quando ajudam a dirigir corretamente o esforço da oração; quando ajudam manter claros e definidos os pensamentos e sentimentos que surgem durante a oração, e mais especialmente no culto, evitando que se convertam numa confusa miscelânea. Mas naturalmente as palavras sem sentido consciente, palavras que sejam meras palavras, são inúteis para esse propósito.

Oração é aspiração com um propósito definido. E é claro que se praticada com regularidade um esforço assim, capaz de produzir um efeito como o que tratamos de descrever, a oração deve ajudar em grau incalculável ao processo da evolução espiritual do indivíduo que a pratica. Também, é de incalculável benefício para todos os que podem estar dentro do alcance dos esforços intercessórios de tais indivíduos.

Na oração cada um pode alargar seus horizontes. Há muitos homens geniais, mas o mais genial é aquele que adora Deus “em Espírito e Verdade”. Não dependem de talento, da saúde, da profissão, da idade e sexo, mas da vida vivida conforme a vontade divina. O falar com Deus se eleva acima dos sistemas filosóficos , como o gênio se eleva acima do talento esforçado. A oração é ato genial do coração e o milagre do espírito.

A oração é uma arte. É a maior arte que o homem pode aprender. Mas não é privilégio de poucos escolhidos. Destina-se a todos. Uma arte se adquire pelo exercício paciente. Ninguém pode colher sem antes ter semeado. Entre a semeação e a safra existe maior ou menor espaço de tempo. Quem ora semeia. A gente colhe daquilo que semeou (Gálatas 6,7). Apenas é preciso saber esperar. “O reino de Deus - que está dentro de nós - é como um homem que lança semente à terra. Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce sem ele o perceber. Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga, e por último o grão abundante na espiga”. (Marcos 4, 26).

A oração é uma arte, mas também é uma graça. Por meio de nossa oração podemos progredir até determinado ponto. Dai em diante Deus nos deve ajudar. “Deus mesmo ensinar-te-á a arte de orar. A oração tem como mestre principal a Deus, que dá o conhecimento ao homem, e ao orante dá oração” (São João Clímaco). Precisamos pedir a graça da oração: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11,1). Também sobre nós o senhor enviará “o Espírito da graça e da oração” (Zacarias 12,10).

Quem ora semeia. Quem semeia colhe. Quem ora no espírito, colherá a vida eterna no espírito.


(Uma Síntese de alguns capítulos, extraído do livro de Richard Graf - O Poder da Oração, ed. Paulinas, 1964 - pag. 203 a 205).

Rev. Pe. Ismael J. Morales



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