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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
II.
O LADO INTERNO DE UMA TRADIÇÃO
Os
grupos esotéricos
Conhecemos
menos sobre os verdadeiros grupos esotéricos do que sobre os místicos,
porque aqueles não são cerceados por juramentos secretos que os impedem de
divulgar suas experiências interiores. Sigilo absoluto sobre tudo o que é
dito e feito atrás dos portais da Câmara Sagrada sempre foi um dos
requisitos exigidos dos candidatos à iniciação nos Mistérios. A natureza
sigilosa das atividades desses grupos é tida como necessária para
salvaguardar a humanidade da má utilização de seus segredos por indivíduos
egoístas e sem a devida capacitação moral. Essa obrigação foi tão
estritamente observada ao longo dos milênios que nenhuma narrativa dos
verdadeiros segredos dos Mistérios jamais chegou ao conhecimento dos curiosos
ou dos historiadores. O voto não se estendia a todos os elementos de um Mistério,
mas sim aos detalhes cerimoniais, às revelações feitas no templo, à
interpretação esotérica do mito representado de forma dramática, às
palavras de passe da fraternidade e seu significado, às fórmulas de iluminação
e sabe-se lá que outros fatos de interesse oculto.[1]
Os místicos,
ao contrário, sempre sentiram a obrigação de compartilhar suas experiências
com seus irmãos buscadores, de forma a confirmar que é possível a união
com Deus para aqueles que seguem o árduo, mas gratificante, caminho da
entrega total ao Pai Supremo até alcançarem o merecimento de receber a graça
da Luz Divina.
Os membros
dos grupos esotéricos podem, num certo sentido, ser considerados como místicos,
porém, com uma característica toda especial, eles também se valem de uma série
de rituais e outros procedimentos para facilitar e acelerar o processo de
transformação interior que, com o tempo, leva à iluminação. Esses grupos,
geralmente estabelecidos por iniciados com elevados dons espirituais, utilizam
a teurgia, ou seja, a energia divina direcionada por aqueles devidamente
capacitados, para promover condições facilitadoras para as progressivas
expansões de consciência que caracterizam o caminho espiritual.
Esses
procedimentos não devem causar nenhuma surpresa ao estudioso, pois Jesus
demonstrou ser um grande teurgo, usando a energia divina tanto para curar o
corpo como, principalmente, a alma. Jesus era familiarizado com os grupos
ocultos de sua época, pois acredita-se que ele era um essênio e recebeu
instrução de seu tio o Rabbi Jehoshuah e, mais tarde, do Rabino Elhanan,
renomado cabalista em sua época, sobre os mistérios da Cabala. Os essênios
eram grandes ocultistas e buscavam, principalmente em seu centro de
treinamento em Qumrã, o ideal místico de todos os séculos, a união com
Deus. O mesmo deve ser dito dos grupos cabalistas, que mantiveram acesa a
chama do conhecimento divino entre os judeus.
Não seria de
estranhar, portanto, que Jesus ministrasse ensinamentos reservados a um grupo
de discípulos mais avançados, como é mencionado na Bíblia:
?Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus? (Mt
13:11). Esse grupo de discípulos foi o núcleo do primeiro grupo esotérico
da tradição cristã. Dele derivou-se, ao longo dos séculos, toda uma série
de outros grupos sempre com o objetivo de perseguir a gnosis
divina que levava ao prometido ?Reino dos Céus.?
É lógico
supor-se que após a morte de Jesus esse grupo interno continuou seus
trabalhos e procurou manter, com todo o zelo característico dos discípulos
mais próximos do Mestre, a tradição oculta que lhe havia sido transmitida.
Assim, as instruções secretas, rituais, sacramentos e todo o instrumental
transformador ensinado por Jesus foram mantidos por seus discípulos. Como sói
acontecer, na prática de todos os grupos verdadeiramente esotéricos, seus
membros comprometem-se solenemente a manter acesa a chama divina da gnosis[2]
para o benefício de todos os verdadeiros buscadores que puderem ser admitidos
ao ádito sagrado.
Seria lícito
perguntar, portanto, por que a Igreja nunca reconheceu oficialmente a existência
de grupos que seriam os mantenedores da tradição esotérica cristã? A
resposta é óbvia. O grupo que mais tarde tornou-se a Igreja Católica,
consolidada no século IV, sob a égide de Constantino, não era o ramo esotérico
da tradição, mas sim aquele que manteve a tradição aberta, a tradição
das parábolas de Jesus ministradas aos muitos (ao público). Entende-se,
portanto, porque as autoridades eclesiásticas sempre relutaram em reconhecer
a existência de uma tradição interna e, com o tempo, cada vez mais
preocupadas com sua autopreservação, tornaram-se inimigas coléricas e
perseguidoras dos grupos ocultistas, usando de todos os meios para neutralizá-los,
desacreditá-los e destruí-los.
Os primeiros
grupos internos de nossa tradição foram conhecidos como gnósticos,
podendo-se destacar dentre eles os ofitas. Esses termos, gnósticos e ofitas,
tão injustamente vilipendiados pela ortodoxia merecem um esclarecimento. Gnóstico
é o buscador da gnosis, que em
grego significa conhecimento, não um conhecimento meramente intelectivo, mas
sim a percepção direta, intuitiva da verdade, sobre a qual Paulo fez tantas
alusões em suas epístolas. Esse conhecimento só é adquirido por aqueles
que conseguem silenciar a mente e ouvir a voz silenciosa do Cristo interior,
que tudo revela aos seus bem amados. É importante lembrar que os grupos gnósticos
já eram conhecidos antes do ministério de Jesus.
Ofita vem do
termo grego ofis, serpente. Esses
grupos não eram adoradores da serpente, como maldosamente lhes é atribuído.
A serpente sempre foi o símbolo da sabedoria em todas as grandes tradições,
daí a instrução de Jesus a seus discípulos: ?Sede prudentes[3]
como as serpentes e sem malícia como as pombas? (Mt 10:16). A serpente
sempre foi um símbolo usado para representar a sabedoria nas tradições da
antigüidade. Entre os judeus, a serpente, (Gênesis 3) aparece como a
primeira reveladora do conhecimento divino.[4]
Os antigos cabalistas judeus usavam a serpente nechushtan, com sua cauda
segura entre os dentes, como símbolo
da sabedoria e da iniciação.[5]
Tanto na tradição hinduísta como na budista, os grandes nagas (serpentes,em sânscrito) são representados como os
instrutores primordiais. É possível que isso reflita o fato de que certos
buscadores passam pela experiência interior de visualização de uma ou várias
serpentes, na verdade um teste de sua coragem e determinação. Caso o
buscador não se retraia com medo, é dito que a experiência prossegue com a
serpente se aproximando do devoto, abrindo sua boca e, finalmente, fundindo-se
com o fiel indômito. Essa visão parece ser uma espécie de iniciação que
possibilita a abertura de um processo de revelação progressiva da verdadeira
sabedoria ao buscador da verdade. É dito na tradição budista que, no
momento da iluminação do Senhor Buda, estando em profunda meditação, uma
enorme serpente aproximou-se e postou-se por trás e acima dele como que o
protegendo e inspirando durante toda a experiência interior. Finalmente, a
serpente é também o símbolo da kundalini,
o fenômeno de subida da energia conhecida como ?fogo serpentino?,
dormente no chacra básico, até o centro da cabeça, onde se encontra com a
energia superior, causando a iluminação.
Portanto,
os gnósticos e os ofitas cristãos, formavam os grupos de buscadores da
verdade, ou sabedoria divina, fundados pelos discípulos mais chegados de
Jesus. Mais tarde esses grupos passaram a ser conhecidos por diferentes nomes
dependendo de características regionais e ênfase da doutrina externa
exposta. Dentre os grupos mais ativos nos dois primeiros séculos de nossa era
destacam-se os naasenos (palavra aramaica com o mesmo significado de ofitas,
de origem grega), perates, sethianos (gnósticos de orientação judaica), docéticos
(propunham que a natureza exterior do Cristo era ilusória), carpocráticos,
basilidianos e valentinianos. Vale a pena mencionar que ainda hoje existem
dois grupos remanescentes do movimento original no primeiro século de nossa
era, conhecidos como mandeanos e drusos.
Os mandeanos,
também conhecidos como discípulos de São João, praticam seus rituais de
batismo por imersão em água corrente, como fazia seu fundador, João o
Batista. Atualmente, encontram-se pequenas comunidades de mandeanos na região
sul do Iraque, principalmente em Basra, Amarah e Nasiriya, bem como no Irã,
na província de Khuzistan, especialmente em Ahwaz e Shushtar. A denominação
dessa seita deriva-se da antiga palavra ?mandeana? que significava
?percepção ou conhecimento?; portanto, o termo refere-se ?àquele que
conhece, ou gnóstico.? A literatura existente sobre essa tradição é
considerável, dado o número relativamente pequeno de seus membros. Dentre
seu acervo literário destacam-se: ?o Tesouro? (Ginza)
e o ?Grande Livro? (Sidra Rabba).
Sua cosmologia é muito semelhante à dos antigos gnósticos, incluindo uma
deidade suprema (Ferho) e um deus criador inferior (Ptahil). Os números sete
e doze ocorrem com freqüência em sua hierarquia espiritual. O ponto alto da
cosmogonia é a redenção, que ocorre com os ?Mistérios? que
proporcionam a ?Gnosis da Vida.?[6]
A referência
mais confiável que temos sobre os drusos foi escrita há pouco mais de um século
por Blavatsky. Essa autoridade informa que os misteriosos drusos do Monte Líbano
são descendentes dos grupos originais de gnósticos, ou ofitas. Os drusos
eram de origem copta, e caracterizavam-se por serem estudiosos e diligentes,
podendo ser encontrados em pequenas comunidades em vários países do oriente
médio. De acordo com Blavatsky, havia na sua época ?cerca de 80.000 guerreiros, espalhados desde a planície oriental de
Damas até a costa ocidental. Não fazem proselitismo, fogem da notoriedade,
mantêm a fraternidade - na medida do possível - seja com os cristãos, seja
com os muçulmanos, respeitam a religião de qualquer outra seita ou povo, mas
jamais revelam seus segredos. Quanto aos não iniciados, jamais se lhes
permitiu ver os escritos sagrados, e nenhum deles tem a mais remota idéia do
local onde estão escondidos.?[7]
O pouco que se sabe a seu respeito vem de uma comunicação escrita por um de
seus iniciados a Blavatsky, que aparentemente tinha autorização para fazê-lo.
Nessa carta, é mencionado que os mandamentos da seita, erroneamente
divulgados por outros autores, são da mais alta ética e comparáveis aos
mais avançados códigos de outras tradições.
O grupo de
maior repercussão no cenário ocidental e no oriente médio foi provavelmente
o dos chamados maniqueus. Isso se deve ao impacto das idéias e do trabalho de
seu fundador Mani, que no século III revolucionou a vida de muitas centenas
de milhares de buscadores com suas revelações. Como não poderia deixar de
ser, esse grupo foi imediatamente alvo de críticas por parte da então
nascente Igreja Católica, sendo seu fundador perseguido e finalmente morto
sob intensa tortura por parte das autoridades civis e religiosas, em circunstâncias
que lembram o martírio do próprio Jesus. Mani deixou uma extensa obra literária
e, apesar da constante perseguição a seus seguidores ao longo dos séculos,
inúmeros grupos locais foram estabelecidos em diferentes países, geralmente
com nomes diferentes para tentar escapar da perseguição sistemática a que
eram submetidos.
?A
vitalidade dos maniqueístas permaneceu poderosa, não obstante as severas
perseguições que suportaram durante o Império Romano, ateu e cristão; mas
sobreviveram no Oriente e no Ocidente, tendo reaparecido com freqüência na
Idade Média, em diferentes partes da Europa. O maniqueísmo ousou aquilo que
os gnósticos jamais se aventuraram: entrar abertamente em conflito com a
Igreja, no século V. Ademais, a autoridade civil auxiliou a religiosa na sua
repressão. Os maniqueístas, onde quer que aparecessem, eram imediatamente
atacados; foram condenados na Espanha no ano 380 e em Treves, em 385, por
intermédio de seus representantes, os priscilianistas.?[8]
Com o passar
do tempo, os herdeiros da tradição gnóstica e maniqueísta foram mudando de
nome. Sem tentar um levantamento exaustivo da matéria, que não é o objetivo
deste estudo, podemos indicar o aparecimento dos seguintes grupos: entre os séculos
III e IX: Euchites, Magistri Comacini, Artífices Dionisianos, Nestorianos e
Eutychianos; no século X: Paulicianos e Bogomilos; no século XI: Cátharos,
Patarini, Cavaleiros de Rodes, Cavaleiros de Malta, Místicos Escolásticos;
no século XII: Albigenses, Cavaleiros Templários, Hermetistas; no século
XIII: a Fraternidade dos Winklers, os Beghards e Beguinen, os Irmãos do Livre
Espírito, os Lollards e os Trovadores; no século XIV: os Hesychastas, os
Amigos de Deus, os Rosa-cruzes e os Fraticelli; no século XV: os Fraters
Lucis, a Academia Platônica, a Sociedade Alquímica, a Sociedade da Trolha e
os Irmãos da Boêmia (Unitas Fratrum); no século XVI: a Ordem de Cristo
(derivada dos Templários), os Filósofos do Fogo, a Militia Crucífera Evangélica
e os Ministérios dos Mestres Herméticos; no século XVII: os Irmãos Asiáticos
(Irmãos Iniciados de São João Evangelista da Ásia), a Academia di Secreti
e os Quietistas; no século XVIII: os Martinistas; no século XIX: a Sociedade
Teosófica.[9]
O fato de um determinado grupo ter aparecido num século não significa que
tenha atuado somente naquele período. Diversos grupos, como os cátaros, os
albigenses, os rosa-cruzes, os templários e os alquimistas permaneceram
ativos por dois ou mais séculos.
Foge ao
escopo desta obra descrever o trabalho e a doutrina desses grupos que, ao
longo dos séculos, mantiveram acesa a chama da verdade, servindo como foco de
transformação interior e inspiração para as transformações da sociedade
de seus dias. Esses grupos geralmente trabalhavam veladamente, pois, quando
conhecidos abertamente, eram invariavelmente perseguidos, como ocorreu com os
albigenses no século XIII.
Para entender o chocante genocídio dos albigenses, devemos lembrar que a insatisfação e as críticas generalizadas sobre o estado de podridão moral da Igreja na Idade Média fez com que o papado agisse com crescente rigor, não para promover uma renovação interior, mas para perseguir todos os dissidentes e potenciais inimigos, valendo-se de sua supremacia. O exemplo de virtude e religiosidade dos cátaros não podia ser deixado livre para florescer, pois iria certamente estimular movimentos semelhantes em outras regiões, solapando o poder da Igreja. Portanto, o Papa Inocêncio III e seus prelados atacaram os albigenses com toda a fúria dos fanáticos que vêem seus interesses ameaçados. A campanha de trinta anos contra os albigenses prenunciou um período de quinhentos anos de repressão brutal pela ?Santa Inquisição? em todas as áreas de influência da Igreja, que se estendeu, mais tarde, às colônias européias nas Américas e na Ásia.[10]
[1] Samuel Angus, The Mystery-Religions and Christianity (N.Y.: Citadel Press, 1966), pg. 78-79.
[2] O termo gnosis, que significa conhecimento, no original grego, não é o conhecimento usual obtido pelas regras aceitas de raciocínio metódico, mas sim por revelação interior. Para os gnósticos, como para os ocultistas, a gnosis era um conhecimento que oferecia a salvação, portanto, era basicamente de natureza interior. Na definição de Reitzenstein a gnosis era: ?Conhecimento imeditato dos Mistérios de Deus, recebido por meio de relacionamento direto com a Deidade ... Mistérios que devem permanecer ocultos ao homem natural, um conhecimento que exercita, ao mesmo tempo, uma reação decidida em nosso relacionamento com Deus e também com nossa própria natureza ou disposição.? Citado por G.R.S. Mead em A Gnosis Viva do Cristianismo Primitivo (Brasília: Núcleo Luz, 1995). Para outro autor, ?Aqueles que tinham a gnosis sabiam o caminho para Deus, de nosso mundo material visível para o reino espiritual do ser divino; sua meta final era conhecer ou ?ver? a Deus que, às vezes, ia a ponto de tornar-se unido com Deus ou permanecer em Deus.? Roelof van Den Broek, Gnosticism and Hermeticism in Antiquity, em Gnosis and Hermeticism edit. por R.V.D. Broek e W.J. Hanegraaff (N.Y.: State University of New York Press, 1998), pg. 1.
[3]
A expressão original, como formulada no Evangelho de Tomé (vers. 39, op.cit.,
pg. 131), era: ?Sede sábios como
as serpentes e mansos como as pombas,? tendo sido mudada mais tarde
para que as palavras de Jesus não fossem usadas para fortalecer os grupos
ofitas.
[4] Vide Helmuth Koester, History and Literature of Early Christianity (N.Y., Walter de Gruyter, 1987), pg. 231.
[5] Dion Fortune, The Mystical Qabalah (N.Y.: Samuel Weiser, 1996), pg. 25.
[6] Vide Kurt Rudolph, Gnosis. The Nature and History of Gnosticism (Harper SanFrancisco, 1977), pg. 343-366.
[7] H.P. Blavatsky, Isis Sem Véu (S.P.: Pensamento), vol. III, pg. 269-270.
[8] P. Marras, Secret Fraternities of the Middle Ages (Londres, 1865), pg. 19-20.
[9]
Vide Isabel Cooper-Oakley, Maçonaria
e Misticismo Medieval (S.P., Pensamento), pg. 21-22.
[10]
As atrocidades cometidas pela inquisição guardam um paralelo com os
regimes totalitários da atualidade. Assim como os torturadores das
ditaduras justificam seu barbarismo em nome da segurança nacional, os
inquisidores justificavam suas atrocidades em nome do Deus de compaixão
para a salvação das almas dos supostos hereges. A frieza com que esses
inimigos da humanidade agiam com o respaldo dos bispos e do Papa, pode ser
aquilatada numa obra chocante intitulada Manual
dos Inquisidores, escrita por Nicolau Eymerich em 1376 e revista e
ampliada por Francisco de Peña em 1578, ambos experientes inquisidores da
ordem dos dominicanos. Esse livro foi publicado pela Fundação
Universidade de Brasília em 1993, com uma excelente introdução de
Leonardo Boff.
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