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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
I.
INTRODUÇÃO
O
cristão dedicado, sincero e que toma sua cruz, seguindo a orientação do
Mestre, pode se questionar como é possível que o entusiasmo da cristandade
dos três primeiros séculos, que manteve o fervor apesar das perseguições
implacáveis, possa ter arrefecido e se transformado, para grande parte
daqueles que se dizem cristãos, numa mera afiliação religiosa pró-forma
sem o envolvimento de seu coração. As causas dessa mudança qualitativa da
religiosidade do cristão são complexas, mas podem ser em boa parte imputadas
ao fato de que a maioria das igrejas atuais distanciaram-se dos ideais
originais, retornando ao comportamento de obediência a rituais externos e a
práticas religiosas mecânicas que Jesus havia tão duramente criticado nos
fariseus e levitas. São poucos os cristãos no mundo de hoje que procuram
realmente entender os ensinamentos de Jesus e, um menor número ainda, seguir
o Mestre.
Com
o passar dos séculos, a mensagem central de Jesus foi progressivamente
desvirtuada e acabou sendo esquecida. Em vez de buscarmos o Reino dos Céus
aqui e agora, colocamos a nossa esperança num paraíso distante, talvez no
outro mundo. Porém, se meditarmos profundamente sobre a essência dos
ensinamentos de Jesus, deixando de lado nossas idéias preconcebidas,
chegaremos à conclusão de que somos o próprio filho pródigo e que algum
dia retornaremos à Casa do Pai, que é o Reino dos Céus, voltando ao estágio
de pureza prístina original de um Filho de Deus, tornando-nos, então, um
Cristo[1]
e podendo dizer, por experiência própria, que ?Eu e o Pai somos um? (Jo 10:30). Paulo demonstra estar em sintonia
com essa realidade ao dizer: ?Já não
sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim? (Gl 2:20). Esse
entendimento do potencial ilimitado do homem e o conhecimento da herança
divina podem ser obtidos por meio do estudo e da vivência do lado esotérico
de nossa tradição, que permaneceu esqucido e negligenciado por tantos séculos.
O primeiro
passo para usufruirmos a herança divina é a decisão de reivindicá-la. Para
isso temos que nos desvencilhar dos condicionamentos limitativos impostos por
muitos séculos de apatia intelectual e de ausência do exercício da vontade.
A verdade sempre esteve ao nosso alcance, mas, por várias razões, deixamos
escapar a oportunidade de percebê-la. Podemos, no entanto, reverter esta
situação porque o momento atual é extremamente propício para o despertar
espiritual. Felizmente, os ensinamentos esotéricos da tradição cristã não
foram totalmente perdidos. Eles podem ser recuperados, compreendidos e, se
devidamente vivenciados, podem mudar nossas vidas, permitindo que alcancemos
?O estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo? (Ef
4:13).
O primeiro
passo neste estudo dos ensinamentos de Jesus é deixar claro que o
cristianismo, em sua essência última, não é uma instituição, mas sim uma
convicção interior. Essa convicção, a verdadeira fé, deve guiar a conduta
de seus seguidores rumo à meta final, o Reino, deixando um rastro de boas
obras ao longo do caminho trilhado.
Um aspecto
pouco conhecido da natureza cíclica da manifestação é o de que, em cada
final de século, a Providência Divina aumenta o fluxo de energias
espirituais para estimular o progresso da humanidade. Ocorrem também ciclos
maiores, como ciclos milenares e ciclos envolvendo as grandes eras. A
humanidade está vivendo agora um momento muito especial, a confluência de três
ciclos, o centenário, o milenar e o de transição da era de Peixes para a
era de Aquário. Isso pode ser notado pelas pessoas mais sensitivas. O
resultado dessa ação energética inusitada se faz sentir no mundo das idéias
e do comportamento humano. Nesta virada do terceiro milênio, estamos vivendo
um momento extremamente propício para tornar conhecidas as coisas ocultas.
Por isso esforçamo-nos para fazer com que os ensinamentos de Jesus
entesourados em documentos raros, ao alcance apenas de um limitado círculo de
estudiosos, sejam postos à disposição dos cristãos sinceros que ainda não
conhecem a inteireza de sua mensagem.
Como não
podia deixar de ser, essas energias afetaram de forma positiva a vida
espiritual do planeta. As estruturas religiosas foram induzidas a alargar seus
horizontes para abranger outros grupos e outras etnias. Em virtude da invasão
chinesa, que forçou um êxodo de grandes proporções da comunidade monástica
tibetana, o budismo tibetano passou a ser conhecido e praticado por centenas
de milhares de pessoas em quase todo mundo ocidental, quebrando um milênio de
isolamento no Tibete. O sofrimento do povo tibetano foi transmutado em benefício
dos buscadores da verdade em todo o mundo, com a tradução das obras dos
mestres budistas daquele país e o estabelecimento de centros de ensino do Dharma
em vários países do oriente e do ocidente.
Até a rígida
e arcaica Igreja de Roma mostrou sinais de abertura. Atendendo aos clamores
dos fiéis que há muito se sentiam alienados com os serviços religiosos em
latim, uma drástica reforma litúrgica foi implementada, permitindo que a
missa fosse conduzida na língua de cada povo e com maior participação dos
fiéis. O sacerdote, que anteriormente oficiava boa parte da missa de costas
para o público, passa agora a voltar-se de frente para os fiéis numa
tentativa de quebrar barreiras e promover a comunicação.[2]
Porém, a
iniciativa conciliadora mais importante do Vaticano foi o movimento ecumênico.
Depois de muitos séculos de disputas fratricidas a Igreja de Roma, numa
demonstração saudável de humildade, tomou a iniciativa de promover o
contato com grupos dissidentes dentro da grande tradição cristã, bem como
com outras religiões.[3]
A mudança de atitude foi, em grande parte, motivada pelo relativo
esvaziamento das igrejas católicas, face ao rápido crescimento das seitas
protestantes e de outros movimentos, como o espiritismo e as religiões ou
filosofias orientais. Esse processo ecumênico, ainda que tímido e cauteloso,
em virtude dos ânimos acirrados por séculos de disputas, muitas vezes
sangrentas, promove pontos de união e minimiza os de separação.
Esse
ecumenismo tem-se mostrado, no entanto, eminentemente externo. Mais importante
ainda, com imensas perspectivas de vir a provocar mudanças radicais,
inclusive ao nível da espiritualidade das massas de fiéis em todo o mundo,
seria um ecumenismo interior, entendido como uma abertura que leve em
consideração todos os aspectos da natureza humana. Os cultos de praticamente
todas as igrejas cristãs tradicionais, antes e depois da Reforma, baseiam-se
num acirramento do aspecto emocional
do homem. As liturgias, cânticos, romarias e atos devocionais baseiam-se numa
fé emotiva e cega. A questão da verdadeira fé é de grande importância e
será examinada posteriormente, pois ela é um dos instrumentos fundamentais
do processo transformador da ioga cristã.
Mas
a emoção é apenas um dos aspectos interiores do homem. O caminho que leva
ao Reino dos Céus requer a integração de todos os aspectos do ser humano.
Isso significa que a emotividade religiosa tem que abrir espaço para a razão,
a fim de que as duas, emoção e razão, possam ser integradas e
transcendidas, no seu devido tempo, pela intuição. Isso só ocorre quando o
Cristo interior tem condições de despertar no âmago de nossos corações e,
progressivamente, assenhorar-se do comando de nossas vidas. Esse processo de
integração, ou ecumenismo interior, é a essência dos ensinamentos internos
de Jesus.
Assim como o
aumento da intensidade das energias espirituais neste século se fez sentir ao
nível das idéias, dos movimentos e das instituições existentes, com mais
razão ainda se fez sentir na alma das pessoas. Milhões de indivíduos em
todo mundo passaram a sentir o chamado do alto. Esse chamado, sempre sutil,
procura por diversos meios fazer com que o homem entenda que sua meta é o
Reino e que, para atingi-la, torna-se necessário um progressivo desapego do
mundo material. A forma como os homens geralmente sentem esse chamado é por
intermédio da insatisfação com sua vida, mesmo quando estão aparentemente
fazendo as coisas certas e vivendo uma vida ética. Essa divina insatisfação
deslancha um processo de busca, que, inicialmente, é confuso, pois o homem não
consegue identificar exatamente o que está procurando. Busca livros e outras
formas de auto-ajuda, dentro e fora de sua tradição; procura ouvir todo tipo
de palestra sobre temas espirituais. Procura, enfim, por todos os meios,
saciar sua terrível sede da verdade.
Muitos dos
que batem às portas das igrejas voltam desapontados com o receituário
prescrito pelos seus sacerdotes e pastores. Podemos identificar três áreas
principais de insatisfação com a ortodoxia: os dogmas, a conceituação do
homem como pecador e de Deus como justiceiro e, finalmente, as práticas
espirituais sugeridas.
Os dogmas de
fé sempre constituíram-se em obstáculos para o crescente segmento pensante
da cristandade. Enquanto o domínio da Igreja de Roma era total sobre seus fiéis,
o medo era geralmente suficiente para manter os fiéis e até mesmo os
intelectuais em linha. Porém, neste último século, com os grandes avanços
na educação das massas e a liberdade de pensamento exercida sem as antigas
inibições religiosas, o conflito entre dogma e razão vem levando um número
crescente de cristãos a assumir uma posição de coerência com seus
sentimentos mais íntimos. Infelizmente, isto tem também levado muitos a
rechaçarem, juntamente com os dogmas, toda a doutrina cristã e os
ensinamentos corretos da Igreja.
A segunda área
de conflito com a doutrina ortodoxa já era sentida de forma latente há
muitos séculos. Trata-se da repulsa instintiva ao conceito de Deus justiceiro
apresentado pelo Antigo Testamento, numa interpretação literal, que foi
encampado pela ortodoxia cristã. Conceber Deus como um Ser sujeito a ataques
de fúria que precisam ser aplacados por diversas formas de sacrifícios e
holocaustos fere a consciência daqueles que não se recusam a pensar e
constitui-se uma verdadeira heresia. A máxima heresia nesse sentido é a
proposição de que o Filho de Deus foi oferecido em sacrifício para
propiciar o perdão de Deus pelos pecados dos homens, conhecida como doutrina
da expiação vicária.
Felizmente,
em nosso século, com os avanços da psicologia moderna e o entendimento do
lado sombra do ser humano, o cristão começou a entender porque sempre se
sentiu incomodado por sua caracterização como ?vil pecador.? Jung
mostrou que as negatividades inerentes ao nosso processo de aprendizado
terreno devem ser entendidas e superadas pela compreensão e pelo amor e não
pelo temor a um Deus implacável que castiga nossas falhas e fraquezas com os
tormentos do fogo eterno.[4]
Muitos dos
cristãos que ainda se mantêm fiéis à Igreja mostram finalmente seu
descontentamento com as práticas espirituais tradicionais da ortodoxia e, em
alguns casos, com o significado deturpado dado a elas. A missa, o terço, as
romarias e as outras práticas disponíveis aos leigos contrastam com as práticas
de outras tradições que, aos poucos, se tornaram conhecidas no Ocidente.
Esse descontentamento não se restringe aos católicos mas é sentido também
pelos fiéis das seitas evangélicas e protestantes por causa de sua conhecida
inflexibilidade em questões doutrinárias.
Apesar de
muita resistência interna, a poderosa energia crística atuando nesta época
de transição, parece ter rachado, em alguns lugares, a espessa muralha do
conservadorismo. Assim, algumas aberturas, como o movimento carismático e os
movimentos de jovens e de casais da igreja católica resultaram em entusiástica
resposta dos leigos e de parte do clero. Também a divulgação, por
iniciativa de alguns padres e monges, de certas práticas meditativas e
contemplativas, parcialmente inspiradas nos modelos orientais, tiveram
excelente acolhida. Porém, para a grande massa dos buscadores, a Igreja
permaneceu uma instituição rígida, distante, indiferente e até mesmo
alienada das necessidades espirituais de seus fiéis.
O resultado
tem sido um progressivo desapontamento dos fiéis com a ortodoxia religiosa
cristã e conseqüente êxodo para outros movimentos e tradições não-cristãos
ou fora dos cânones ortodoxos. Isso explica porque o espiritismo, o budismo,
o hinduísmo, a ioga e outros movimentos religiosos e filosóficos no Brasil
tiveram tão boa acolhida entre os cristãos insatisfeitos com a postura
ortodoxa de sua tradição. Isso ocorre porque, nesses movimentos ou tradições,
o buscador encontra práticas espirituais sólidas e doutrinas que não
agridem a razão.
As tradições
budista e da ioga têm exercido grande atração sobre os buscadores
ocidentais. Ambas podem ser mais acertadamente consideradas como tradições
filosóficas do que religiosas. Seus aspectos doutrinários são extremamente
atraentes, englobando conceitos filosóficos e cosmológicos de abrangência e
grandeza que fascinam os estudiosos livres de preconceitos. Porém, o ponto
que exerce maior atração parece ser a prática espiritual dessas tradições
voltadas para a libertação do sofrimento. Dentre essas práticas destaca-se
a meditação, com todas suas modalidades e etapas.
Até mesmo
alguns padres e monges cristãos, como Thomas Merton[5]
e William Johnston,[6]
depois de estudarem o budismo, procuraram introduzir suas práticas
meditativas nos meios cristãos. Johnston, preocupado com o desinteresse
crescente dos fieis pelas práticas devocionais tradicionais (rosário, via
sacra e novenas), e verificando a firmeza milenar das práticas budistas, tal
como observou no Japão, desabafa:
?A
velha contemplação cristã destinava-se a uma elite - os franciscanos, os jesuítas, os dominicanos e as pessoas de bem. Mas
o pobre leigo, o cidadão de segunda classe, ficava com as contas de seu rosário.
De ora em diante, não é preciso que seja assim. Assim como a liturgia
ampliou-se para abranger a todos, também o mesmo pode dar-se com a contemplação.
O muro infame que separava o cristianismo popular do cristianismo monástico
pode ser derrubado de forma a que todos possamos ter as nossas visões, alcançar
o nosso samadhi.?[7]
A diferença
radical de enfoque para a vida espiritual entre a tradição budista e a cristã
pode ser aquilatada pela maneira como se denominam seus membros. Os budistas
geralmente se autodenominam ?praticantes,? no sentido de serem praticantes
do dharma, do corpo de ensinamentos
do Senhor Buda. Os cristãos, por sua vez, são normalmente caracterizados
como ?fiéis,? refletindo o fato de serem supostamente fiéis à sua crença
no corpo doutrinário da Igreja. Enquanto uns praticam os ensinamentos de seu
mestre, outros simplesmente crêem passivamente nos dogmas de sua crença,
desconhecendo, em geral, os ensinamentos de seu Salvador.
Dentro desse
contexto de crescente insatisfação com as práticas cristãs ortodoxas e a
constatação de que existem alternativas atraentes nas outras tradições, a
apresentação das doutrinas e práticas espirituais do lado interno da tradição
cristã assume especial importância. Felizmente, quando conseguimos desvelar
os ensinamentos esotéricos de Jesus, verificamos que as práticas do
cristianismo primitivo nada deixam a desejar às outras tradições orientais
tão em voga atualmente. Este livro vem juntar-se a uma crescente literatura
sobre o cristianismo primitivo e os aspectos esotéricos da tradição cristã,
enfatizando os métodos e práticas espirituais voltados para a transformação
interior, tão escondidos no passado.[8]
Esses antigos
ensinamentos abrangentes, profundos e eternamente atuais, levaram Agostinho,
reputado como um dos baluartes da Igreja, a escrever há quinze séculos atrás:
?Esta
que hoje chamamos de religião cristã existiu entre os antigos e existia
desde o começo da raça humana até que o Cristo se fez carne, tempo a partir
do qual a verdadeira religião já existente começou a ser denominada de
cristianismo?[9]
[1] Peter Roche de Coppens, , sugere que: ?Tornar-se um ?verdadeiro? cristão, para mim não é mais do que se tornar um ?ser humano crístico,? um ser humano que alcançou a verdadeira Iniciação espiritual. Um ser humano em quem o Senhor é Rei e Governa; um ser humano em quem o Eu espiritual tornou-se o princípio unificador e integrador da psique e dos pensamentos, emoções, desejos, palavras e ações: um ser humano, então, que se torna num outro Cristo vivo.? Divine Light and Fire: Experiencing Esoteric Christianity (Rockport, Mass: Element, 1992), pg. 7.
[2]
Para uma interessante explicação do lado oculto dos rituais, vide:
Geoffrey Hodson, O Lado Interno do
Culto na Igreja (S.P.: Pensamento) e C.W. Leadbeater, O
Lado Oculto das Coisas (SP: Pensamento)
[3]
Esta abertura demandou grande coragem por parte do Vaticano, pois até
meados deste século, a convicção de que ?fora
da Igreja não há salvação,? foi absolutamente dominante para a
postura da Igreja Romana em relação às outras igrejas e religiões.
[4]
C.G. Jung, AION. Estudos sobre o
simbolismo do si-mesmo, (Petrópolis, R.J., Vozes, 1994), pg. 6-8.
[5] Thomas Merton, Zen e as Aves de Rapina (S.P.: Cultrix, 1987) e Mystics and Zen Masters (N.Y.: The Noonday Press, 1994).
[6]
W. Johnston, Cristianismo Zen. Uma forma de meditação (S.P.: Cultrix, 1991)
[7] Cristianismo Zen, op.cit., pg. 47.
[8] Ver, a propósito, Jacob Needleman, Cristianismo Perdido (S.P.: Pensamento); Robin Amis, A Different Christianity (Albany: State University of New York Press, 1995); Ted Andrews, O Cristo Oculto (S.P.: Pensamento, 1997); Boris Mouravieff, Gnosis, Study and Commentaries on the Esoteric Tradition of Eastern Orthodoxy (Newbury, MA: Praxis Institute Press, 1990), 3 vol, e The Philokalia, The complete text (Londres: faber and faber, 1979), 5 vol.
[9]
St. Agostinho, Confissões, Livro I, cap. 13, vers. 3, citado por C.W. Leadbeater, A
Gnose Cristã (Brasília: Editora Teosófica, 1994), pg. 90.
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