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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
Capítulo
10
A
TRANSFORMAÇÃO DA MENTE
As diferentes
tradições espirituais oferecem alternativas para a transformação da mente
que poderiam ser classificadas sob dois enfoques básicos.
O primeiro
seria o da transformação de fora para dentro, típica da Hata
Ioga, que, de forma simplificada, seria a utilização de um complexo método
de posturas e exercícios físicos visando o controle da mente, por meio da
disciplina do corpo físico.
Num outro
extremo, o da transformação de dentro para fora, encontramos a Raja
Ioga, desenvolvida por intermédio de uma metodologia, exemplificada na
?Ioga de oito passos? (Astanga Ioga)
de Patanjali,[1]
que busca controlar a mente pela mente. Esse método parece ser mais adequado
para pessoas que já tenham alcançado certo nível de desenvolvimento mental.
Esses dois
ramos clássicos da ioga, no entanto, não podem ser descritos como puramente
físico e exclusivamente mental, pois em ambos os casos algumas práticas
valem-se do enfoque oposto. Por exemplo, na Raja Ioga, duas das suas oito
etapas envolvem práticas físicas, a respiração (pranayama) e as posturas (asanas).
Vemos, portanto, que as diferentes escolas de transformação da mente da
linha ióguica caracterizam-se pela ênfase dada a certas práticas e não
pela adoção exclusiva de um método em detrimento de outros.
Os métodos
de transformação da mente também podem ser classificados pelas condições
em que são praticados. Na tradição ocidental e, em menor escala, na
oriental, a maior parte das práticas espirituais foram desenvolvidas para
praticantes engajados na vida monástica. Na via monástica, o monge abdica de
sua vida familiar, entrando para um convento ou vivendo como eremita, numa
rotina inteiramente voltada para o objetivo espiritual. Em alguns casos, a
rotina monástica demanda 16 ou mais horas por dia de dedicação às práticas
espirituais de orações, meditações, liturgias, vigílias, trabalho e
outras asceses, que são inadequadas para o homem comum, que deve trabalhar
para sustentar sua família e dar atenção aos seus diferentes deveres
sociais e familiares.
Outras práticas
mais simplificadas estão sendo desenvolvidas, ou melhor, redescobertas,
adequando-se à realidade da vida agitada e com pouca disponibilidade de tempo
do buscador moderno que vive fora dos mosteiros. A tranqüilidade tão
estimada pelos monges hesicastas[2]
deve dar lugar agora ao tumulto da vida em sociedade, com suas conhecidas
pressões, profissionais e familiares. Na constante interação com diferentes
grupos, o homem moderno, de orientação mental, tem oportunidade de
desenvolver mais rapidamente certos aspectos da alma. Porém, essa nova
realidade social demanda um esforço especial para o preenchimento das
necessidades atuais. Isso não quer dizer que os requisitos para o discipulado
tenham sido modificados, pois são imutáveis, independem do tempo e do espaço.
O que muda é o ritmo e o enfoque. O aprendizado para aqueles que realmente se
voltam para a busca interior pode ser acelerado, tendo em vista o nível
mental mais avançado do homem moderno, que lhe faculta a possibilidade de
passar, num período de poucos anos, por mais experiências do que normalmente
seria possível durante toda uma vida na idade média, por exemplo.
[1]
I. Taimni, A Ciência da Ioga
(Brasília, Editora Teosófica).
[2]
Termo derivado da palavra grega hesychia
(hsucia) que significa silêncio
e tranqüilidade, buscados inicialmente no isolamento do deserto e, mais
tarde, quando o crescente número de buscadores solitários tomaram consciência
das imensas dificuldades para a sobrevivência no deserto, em grupos afins
reunidos no que veio a ser chamado de mosteiros (monastiria).
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