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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
O
livre arbítrio
O ser humano,
como vimos, é uma pequenina expressão da Divindade que, em seu
devido tempo, será manifestada em toda sua plenitude, tornando-se ?perfeito
como o Pai que está nos Céus é perfeito.? Mas, para que o
processo evolutivo possa ter sentido, é necessário que o homem
disponha de livre arbítrio. Se ele estiver programado para fazer
invariavelmente coisas predeterminadas, sem ter a opção de escolher
entre o certo e o errado, então não passará de um robô agindo
automaticamente, sem colher nenhum fruto do aprendizado terreno. O
aprendizado implica na capacidade de optar, de descobrir o que é
certo, ainda que com isto o processo torne-se longo e tumultuado.
Assim, todo mérito
do progresso existe somente porque podemos optar entre fazer o bem ou
o mal. Muitos acham que já superaram o mal porque não cometem atos
perversos, porém, como diz a sabedoria popular, ?a ocasião faz o
ladrão.? O verdadeiro teste de nossas virtudes são as ocasiões,
ou as tentações, como diz a Bíblia. E esses testes surgirão sempre
no momento apropriado, porque até o último instante de nossa
peregrinação por essa terra distante de nosso lar celestial,
deveremos escolher entre várias opções. Para fazer-se uma escolha
é necessário o uso da razão, daí porque um dos instrumentos do
processo de transformação do homem, que faz parte da tradição
cristã, é exatamente a qualidade do discernimento.
Se Deus ou os
membros da hierarquia celestial nos forçassem a adotar um determinado
comportamento ou atitude, mesmo que fosse para livrar-nos do
sofrimento, então não seríamos verdadeiramente livres. A liberdade
inerente ao livre arbítrio significa que nenhuma força ou coação
pode ser usada ainda que para produzir o bem. As leis de Deus
continuam operando, no entanto, e, assim, quando nossas ações são
negativas colhemos como fruto o sofrimento. Quanto mais nos afastamos
das leis de Deus, maior o sofrimento e, conseqüentemente, maior o
incentivo para usarmos o discernimento e, pelo livre arbítrio,
escolhermos o caminho que nos liberta do sofrimento.
A lógica
indica que o dom divino do livre arbítrio, como parte inerente do
processo de aprendizado humano, é incompatível com restrições dogmáticas
nas esferas mais essenciais do pensamento e da vida religiosa do
homem. É por isto que Jesus disse: ?Conhecereis
a verdade, e a verdade vos libertará? (Jo 8:32). A importância
fundamental do livre arbítrio é reconhecida também em outras tradições.
Buda declarou expressamente que os buscadores da verdade não deveriam
aceitar as palavras encontradas nas escrituras sagradas, nem mesmo
seus próprios ensinamentos sem antes passá-los pelo crivo da razão.
O livre arbítrio
é tão fundamental ao Plano Divino que até mesmo para receber a Graça
Divina é imprescindível o nosso consentimento. A Graça está
constantemente disponível a todos os homens, como a luz do Sol que
brilha num céu límpido. Porém, a maior parte dos homens opta por
manter as janelas fechadas, impedindo o acesso da luz ao interior de
sua casa. Para que a Graça possa dissipar a escuridão interior,
temos que exercer o nosso livre arbítrio, abrindo as janelas de nossa
alma. E quanto mais ardente a nossa aspiração pela luz mais abertas
estarão as janelas.
Na vida
cotidiana, governada por condicionamentos e idéias preconcebidas, o
exercício do livre arbítrio restringe-se, na prática, ao mero
consentimento em fazer isso ou aquilo. Porém, até mesmo o exercício
desse consentimento, consciente ou inconsciente, é, na verdade,
expressão do livre arbítrio. Esse processo de consentimento parece
implícito numa passagem da Bíblia em que Jesus indica a necessidade
do indivíduo alinhar a sua vontade com a Vontade de Deus: ?Nem
todo aquele que me diz ?Senhor, Senhor? entrará no Reino dos Céus,
mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus?
(Mt 7:21)
Alguns autores distinguem dois aspectos do consentimento, o filosófico e o psicológico. ?Consentimento filosófico é a necessidade de consentir à Palavra de Deus. É o consentimento da fé como o compreendemos hoje. Está ligado ao que os antigos padres reconheciam como o primeiro estágio da fé. O consentimento psicológico é o assentimento de momento a momento que fazemos a respeito das possibilidades de nossa vida. Ou consentimos ao que compreendemos como vindo de Deus ou consentimos ao que escolhemos por motivos pessoais.?[1] Essa distinção é importante, pois nossa vida é determinada pelas coisas que consentimos em fazer ou mesmo não fazer. É, nesse sentido, que a estrutura filosófica de nossas crenças torna-se importante, pois passa a orientar a direção de nossos assentimentos. Se não tivermos um arcabouço filosófico, nossos assentimentos interiores serão efetuados de forma aleatória, ao sabor de nossa disposição momentânea.
[1] A Different Christianity, op.cit., pg. 172.
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