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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
Capítulo
25
PRÁTICA
DAS VIRTUDES
A prática
das virtudes é um instrumento de importância vital para o discípulo,
pois serve como mecanismo de controle, um freio para distorções que
podem aparecer no caminho. Trilhar a Senda é como andar de bicicleta: o
indivíduo tem que aprender a equilibrar-se, para não cair nem para a
direita nem para a esquerda. Esse equilíbrio é alcançado com o ritmo
apropriado das pedaladas de um e outro lado. As virtudes, servem como
fatores estabilizadores sempre que um desequilíbrio surge e ameaça fazer
o peregrino cair simbolicamente de sua bicicleta. No início da jornada os
desequilíbrios mais óbvios são: preguiça, falta de entusiasmo, apego
ao mundo e impureza, que devem ser compensados com as virtudes da
aspiração ardente, do desapego e da pureza. Após certa medida de
progresso, os principais óbices do discípulo tendem a ser o orgulho, a
impaciência e a ambição, quando torna-se então necessário cultivar as
virtudes opostas a estes vícios.
As virtudes
são tanto causa como efeito do progresso espiritual. Quando o buscador
alcança o contato consciente com a realidade interior, essa experiência
inevitavelmente se traduz numa vida mais virtuosa e amorosa. Essa sempre
foi uma preocupação nos meios religiosos: ?A
vida do bom religioso deve ser adornada de todas as virtudes, a fim de que
seja, interiormente, tal qual parece aos homens no exterior.?[1]
O buscador passa a ser, então, um canal cada vez mais amplo para a
manifestação do divino no mundo e, assim, todas as qualidades que
associamos ao que existe de mais elevado no homem passam a expressar-se
por meio dele. Nesse caso as virtudes são uma conseqüência da
elevação espiritual. As recomendações de Tiago podem ser vistas neste
contexto:
?Quem
dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom comportamento as
suas obras repassadas de docilidade e sabedoria. Mas, se tendes inveja
amargura e preocupações egoísticas no vosso coração, não vos
orgulheis nem mintais contra a verdade, porque esta sabedoria não vem do
alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Com efeito, onde há inveja
e preocupação egoística, aí estão as desordens e toda sorte de más
ações. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo,
pura, depois pacífica, indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia e
de bons frutos, isenta de parcialidade e de hipocrisia. Um fruto de
justiça é semeado pacificamente para aqueles que promovem a paz.? (Tg
3:13-18)
Mas as
virtudes também podem ser instrumentos de nossa transformação,
servindo, nesse caso, para recondicionar a personalidade. Mas, por que
isso é necessário? Porque as virtudes são atributos da natureza
superior e demoram a expressar-se no homem do mundo por causa das
distorções e condicionamentos causados por muitas encarnações regidas
pelo egoísmo e pela ignorância. Portanto, como os condicionamentos
usuais impedem a manifestação plena das virtudes, o que temos a fazer é
reeducar a personalidade, estabelecendo novos hábitos que, com o tempo,
se transformarão em condicionamentos positivos nesta encarnação e em
tendências para as encarnações futuras. Por isso, Paulo
recomendava:
?Finalmente,
irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro,
amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor. O que
aprendestes e herdastes, o que ouvistes e observastes em mim, isso
praticai. Então o Deus da paz estará convosco? (Filip
4:8-9).
Consciente,
portanto, de que as virtudes devem ser desenvolvidas, o aspirante deve
dedicar-se com afinco a cultivá-las. Uma razão adicional para esse
propósito é que as virtudes são antídotos naturais contra os vícios
de caráter, as fraquezas da personalidade. São Francisco enfatiza esse
fato em suas admoestações sobre as virtudes que afugentam os
vícios:
?Onde
há caridade e sabedoria, não há medo nem ignorância. Onde há
paciência e humildade, não há ira nem perturbação. Onde à pobreza se
une a alegria, não há cobiça nem avareza. Onde há paz e meditação,
não há nervosismo nem dissipação. Onde o temor de Deus está guardando
a casa, o inimigo não encontra porta para entrar. Onde há misericórdia
e prudência, não há prodigalidade nem dureza de coração.?[2]
A tradição
enfatiza que as principais virtudes a serem desenvolvidas são a caridade,
a humildade, a paciência, o contentamento e o equilíbrio, pois seus
opostos são os mais sérios entraves ao progresso da alma.
A prática
das virtudes vem sendo apregoada desde os primórdios de nossa tradição
cristã. Pedro já nos advertia a esse respeito:
?Por
isto mesmo, aplicai toda a diligência em juntar à vossa fé a virtude,
à virtude o conhecimento, ao conhecimento o autodomínio, ao autodomínio
a perseverança, à perseverança a piedade, à piedade o amor fraternal e
ao amor fraternal a caridade. Com efeito, se possuirdes essas virtudes em
abundância, elas não permitirão que sejais inúteis nem infrutíferos
no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo? (2 Pd 1:5-8).
Por sua vez,
Paulo pregava:
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