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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
Capítulo
25
PRÁTICA DAS VIRTUDES
Contentamento
Há uma
idéia inteiramente errônea de que o caminho espiritual, conhecido por
suas renúncias, é sinônimo de tristeza e melancolia. Essa é uma das
muitas imagens deturpadas e negativas legadas pela ortodoxia que precisam
ser sanadas.[1]
O objetivo último da vida espiritual é a suprema bem-aventurança da
vida unitiva. É absolutamente ilógico supor-se que o treinamento para a
felicidade suprema é a infelicidade. A felicidade é nossa herança
divina, não só no futuro paraíso, mas aqui e agora.
É importante
cultivarmos o verdadeiro contentamento, que é livre de apegos e
ansiedades. A felicidade passa a ser nossa companheira, dia e noite,
quando nos apaixonamos por Deus em todas Suas expressões neste mundo.
Quando nos damos conta de que todas as expressões de Deus na Natureza,
que todos os processos da vida foram colocados no mundo para o nosso bem,
não podemos deixar de agradecer e louvar ao Pai Supremo. Os arroubos dos
místicos parecem expressar este tipo de profundo contentamento,
independente das circunstâncias externas. Desde as primeiras
experiências os místicos tendem a alternar suas vidas entre um
indescritível contentamento e penosas mortificações. As visões e
experiências vão aumentando em profundidade, com o passar do tempo, com
o místico sentindo a cada estágio que chegou ao ponto máximo da escala
da bem-aventurança, para conhecer novos picos de deleites espirituais na
etapa seguinte.[2]
O
contentamento é um poderoso antídoto contra o desespero e a tristeza que
acometem tantos peregrinos no Caminho. Diz uma passagem do livro sagrado
dos hindus, o Bhagavad Gita,
falando do comportamento do sábio:
?(O
sábio) está contente sempre com tudo o que o dia lhe oferece; não se
deixa alterar por ventura nem por desventura; é livre da inveja; conserva
o ânimo igual e o coração afável, tanto no sucesso como no insucesso;
faz sempre o melhor que pode, porém, sem se apegar à obra. Assim, vive
puro e imaculado entre os impuros e pecadores.?[3]
O papel da
felicidade no caminho espiritual é enfatizado por outras tradições
orientais:
?Quando
estamos contentes possuímos todas as coisas do mundo? (Lao Tsê).
?A
saúde é o maior bem; o contentamento, o maior tesouro; o amigo fiel, o
melhor parente. O Nirvana é a suprema felicidade.?[4]
Dentre as
passagens bíblicas ressaltando a importância do contentamento
temos:
?Os
justos se alegram na presença de Deus, eles exultam e dançam de
alegria? (Sl 68:4).
?A
piedade é de fato grande fonte de lucro, mas para quem sabe se contentar.
Pois nós nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma dele podemos
levar. Se, pois, temos alimento e vestuário, contentemo-nos com isso? (1
Tim 6:6-8).
?Contentai-vos
com o que tendes, porque ele mesmo disse: Eu nunca te deixarei, jamais te
abandonarei? (Hb 13:5).
[1]:
?Se queres algo progredir,
conserva-te no temor de Deus e não procures excessiva liberdade;
antes refreia, com firmeza, todos os teus sentidos e não te entregues
à vã alegria.? ?O homem bom acha sempre motivo bastante para se
afligir e chorar.? Imitação
de Cristo, op.cit., pg. 76 e 78.
[2]
Vide Mysticism, op.cit., pg.
239, 253, 354.
[3]
Bhagavad Gita
(SP: Pensamento, 1996), pg. 60.
[4]
Dhammapada,
204, op.cit., pg. 39.
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