| AQUI PARA SE ASSOCIAR! |
HOME | TEOSOFIA | PALESTRAS | ASTROLOGIA | NUMEROLOGIA | MAÇONARIA | CRISTIANISMO | ESOTERICA.FM | MEMBROS |
OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
Capítulo
25
PRÁTICA DAS VIRTUDES
Equilíbrio
e moderação
Foi dito que
a prática das virtudes atua como um mecanismo de controle, um freio
confiável na tortuosa estrada que conduz ao topo da montanha da
realização espiritual. Nesse caso, o equilíbrio e a moderação
funcionam como um freio motor, que impede as derrapagens e quedas nos
precipícios do desequilíbrio e do fanatismo que possam surgir no caminho
apertado de que fala Jesus.
Buda, por sua
vez, recomenda a seus seguidores o caminho do meio, a senda que evita os
extremos de licenciosidade e austeridade. A disciplina de vida necessária
para o autocontrole não pode descambar numa frenética autoflagelação.
Os tristes espetáculos de masoquismo que ocorrem com freqüência nas
romarias, com fiéis cumprindo promessas insensatas, são sinais de uma
religiosidade fanática e desorientada e não de uma espiritualidade
sadia.
Outras
tradições orientais também postula o equilíbrio, como podemos ver no Bhagavad
Gita: ?Executa a ação! Enquanto isso ocorrer, continua unido ao divino,
renunciando a todo apego, equilibrado no sucesso e no fracasso. O
equilíbrio é a yoga.?[1]
No caminho da
perfeição o homem deve aperfeiçoar todos os aspectos de sua
vida. Assim, o devoto não pode passar dia e noite louvando a Deus diante
de um altar, esquecendo suas obrigações para com a sociedade e até
mesmo o cuidado do corpo. O estudioso não pode ficar o tempo todo grudado
nos livros, ignorando seus deveres e as necessidades de seus
familiares.
Precisamos
usar o discernimento para concentrarmos energia no ideal espiritual sem,
contudo, comprometermos aspectos importantes da vida pelos quais somos
responsáveis, inclusive a saúde de nosso corpo, o bem estar de nossos
familiares, as necessidades de nossa comunidade. Devemos, acima de tudo,
cumprir nossos deveres, pois esses são a base da vida espiritual. Quando
fazemos isso e aspiramos ardentemente servir a Deus, o nosso ambiente
exterior vai sendo moldado, aos poucos, refletindo melhores condições
para nossas necessidades espirituais do momento. Como a vida é um fluxo,
o que é bom para nós hoje, estará ultrapassado no futuro. Novos
desafios ser-nos-ão apresentados então.
A moderação
deve ser exercida em todos os sentidos, a começar pelo desfrute dos
prazeres naturais que a vida nos proporciona, como por exemplo a comida. O
prazer do paladar é lícito, o que não é aconselhável é a repetição
imoderada da comida, descambando para o pecado da gula. Sempre que nos
dedicamos de forma excessiva a alguma atividade e até mesmo ao exercício
de uma virtude, chegará o momento em que um desequilíbrio será criado
em nossa vida, demandando uma ação corretora. Assim, excesso de
paciência gera preguiça e covardia, excesso de severidade na disciplina
gera crueldade, excesso de compaixão estimula a injustiça, e assim por
diante.
Na tradição
cristã, a moderação e o equilíbrio sempre foram considerados como
virtudes a serem cultivadas. O apóstolo Paulo, em particular, exortava
seguidamente os membros de suas comunidades nesse particular:
?Que
a vossa moderação se torne conhecida de todos os homens? ( Filip
4:5)
?Deus
não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e
de sobriedade? (2 Tim 1:7).
?Exorta igualmente os jovens, para que em tudo sejam criteriosos? (Tit 2:6).
[1]
Bhagavad Gita,
op.cit., cap. 2, vers. 48.
| |||||||||||
|
|||||||||||
WWW.LEVIR.COM.BR © 1996-2024 - LOJA ESOTÉRICA VIRTUAL - FALE CONOSCO: levir@levir.com.br - whatsapp: 11-99608-1994 |