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OS
ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ
II.
O LADO INTERNO DE UMA TRADIÇÃO
A
tradição oral
Como o próprio
nome diz, a tradição oral é transmitida de boca a ouvido. Porém, com o
passar do tempo, com o fito de proteger esse acervo de eventuais perdas ou
possíveis distorções, parte dessa tradição foi escrita, tornando-se
paulatinamente conhecida do público estudioso.
Tudo leva a
crer que os ensinamentos reservados aos discípulos foram transmitidos e
conservados pela tradição oral. Isso significa que os discípulos iniciados
por Jesus nos mistérios transmitiram esses ensinamentos reservados
diretamente a seus próprios discípulos, que os ensinaram a outros e assim
sucessivamente. É provável que pelo menos parte desses ensinamentos tenha
sido colecionada e passada para a linguagem escrita, ainda que de forma
velada. Como exemplo, cita-se o original do Evangelho de Mateus, ou Matias,
como era conhecido naquela época, que Jerônimo traduziu do original em
aramaico para o grego. Jerônimo comenta que teve muita dificuldade para
entender o texto, porque esse havia sido escrito de forma cifrada, não
possuindo ele a chave para decifrar os ensinamentos aí contidos. O texto
original desse Evangelho foi, desde então, subtraído dos olhares curiosos do
mundo.[1]
É provável que uma parte dos ensinamentos transmitidos pela tradição oral fosse a chave para a interpretação dos ensinamentos de Jesus que foram preservados nos documentos canônicos e não-canônicos. O conhecimento dessas chaves colocava à disposição dos estudiosos credenciados um imenso tesouro de informações sobre a natureza do ser, seu propósito de vida e indicações sobre como proceder às transformações necessárias para trilhar-se a Senda da Perfeição que leva ao Reino dos Céus. Parte desse acervo da tradição oral parece estar ainda preservada em alguns mosteiros, principalmente na Síria e na Grécia, aí, no Monte Athos. Esses centros de espiritualidade cristã ainda ensinam métodos e práticas que parecem remontar aos primeiros séculos da nossa era. Uns poucos pesquisadores tiveram acesso a essas comunidades e, após passarem algum tempo ali, relataram aquilo que puderam perceber e entender.[2]
[1]
Blavatsky escreve em Isis sem Véu (op.cit., vol. III, pg. 164), que ?Jerônimo encontrou o original hebreu (em caracteres hebraicos e na língua
aramaica) do Evangelho de Mateus na biblioteca de Cesaréia, fundada por Pânfilo
Martir. ?Os nazarenos, que em Béria de Síria, usavam este Evangelho
deram-me permissão para traduzi-lo,? escreve Jerônimo em fins do século
IV.
O fato de os apóstolos
receberem de Jesus ensinamentos secretos evidencia-se nas seguintes
palavras de São Jerônimo, confessadas talvez em um momento de
espontaneidade, quando, escrevendo aos bispos Cromácio e Heliodoro, ele
se queixa: ?Mui difícil foi a tarefa que Vossas Reverências me
encomendaram (a tradução), pois o próprio apóstolo São Mateus não
quis escrever em termos claros. Porque, se não se tratasse de um
ensinamento secreto, teria acrescentado ao Evangelho alguns comentários
seus; mas o escreveu em caracteres hebraicos, de seu próprio punho,
dispondo estes de maneira tal que o sentido ficou velado, sendo perceptível
somente às pessoas de maior religiosidade e, no transcurso do
tempo, aos que houvessem recebido de seus antecessores a chave
interpretativa. E esses nunca deram o livro a ninguém para ser copiado.
Uns apresentavam o texto de certa maneira; outros de maneira diferente?
(citação retirada de ?São Jerônimo,? V, 445; Dunlap, Sôd, the Son of
Man, pg. 46).
Em face dessas informações,
Blavatsky conclui: ?Jerônimo
sabia que aquele era o Evangelho original e, sem embargo, cada vez mais se
obstinou na perseguição aos ?hereges.? Por que? Porque admiti-lo
significaria uma sentença de morte contra o dogmatismo da Igreja. É
sabido que o Evangelho Segundo os Hebreus foi o único reconhecido durante
os quatro primeiros séculos pelos cristãos judeus, pelos nazarenos e
pelos ebionitas. E
nenhum desses proclamou a divindade de Cristo.?
[2] Vide, por exemplo, Boris Mouravieff, Gnosis, Study and Commentaries on the Esoteric Tradition of Earstern Orthodoxy (Newbury, MA: Praxis Institute Press, 1990) 3 vol., e Robin Amis, A Different Christianity (Albany: State University of New York Press, 1995).
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