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  • TEOSOFIA, MAÇONARIA E SOCIEDADE TEOSÓFICA


    Osmar de Carvalho

    TEOSOFIA E MAÇONARIA

    Por * Osmar de Carvalho

    Desde os primórdios do aparecimento do universo surge uma dicotomia que penetra toda a manifestação: o princípio da Vida e o princípio da Forma. Não é aconselhável entrar-se num "raciocínio circular", e indagar quem surgiu primeiro, pois a compreensão não residirá numa questão de precedência. À partir do instante em que a Unidade se manifesta, os demais aspectos passam a existir concomitantemente. Desta forma, surgem simultaneamente Espírito/Consciência e Matéria/Movimento.

    Seguindo-se um raciocínio linear, o segundo e terceiro aspectos manifestos da Unidade, ou da Vontade Primordial, são, respectivamente a Sabedoria e a Inteligência. No ser humano temos também esta trindade enquanto Volição, Intelecção/Intuição e Ação.

    Numa trindade arquetipal temos a união Pai/Mãe (Consciência e Matéria) que gerarão um Produto/Filho (Sabedoria). Assim, podemos identificar o filho diretamente com a consciência gerada por meio da interação Espírito/Matéria. Mesmo que o raciocínio possa parecer simplista, vislumbramos que a Teosofia é este segundo aspecto, e que todos os tipos manifestos da Vontade identificam-se com modos de "atuação", de "manifestação" dos arquétipos. É neste ínterim que surge a grande ordem da Maçonaria, grande e antiga corporificação dos sublimes princípios espirituais, tanto em forma operativa (atuante na matéria) e especulativa (voltada ao estudo e aprofundamento).

    Há grandes dificuldades para definir-se o que é Teosofia, pois definições são necessariamente "limitações e condicionamentos", e obviamente não são a Verdade. Sabedoria Divina, Religião-Sabedoria, Filosofia Perene, todos são termos aplicáveis. Mas há gradações neste "Oceano da Teosofia", onde H.P.Blavatsky afirmou haver baixios onde uma criança pode brincar tranqüilamente, mas também profundezas onde mesmo um gigante precisa ser um experiente nadador. Descrita também como a Consciência do Logos, ou seja, de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, o homem também pode partilhar, em menor escala desta mesma consciência, pois fomos feitos à "sua imagem e semelhança". Um de seus aspectos mais importantes é a sua "atemporalidade".

    Temos que fazer um reconhecimento histórico da grande efulgência, tanto da Teosofia quanto da Maçonaria, que ocorreu na grande civilização egípcia, que herdou, por sua vez, sua sapiência dos ‘Veneráveis do Norte", como eram chamados os instrutores provindos do continente atlante, terra mãe da transmissão da Sabedoria Divina e do sistema ritualístico, bases para a Maçonaria tanto especulativa quanto operativa. Faz-se mister reconhecer que quanto mais antiga a dinastia egípcia estudada, tanto mais perfeitos se mostram a arte, a arquitetura e a escrita hieroglífica que lhe eram peculiares. Isto mostra que o Egito recebeu sua sabedoria, ao invés de passar por uma seqüência de desenvolvimentos progressivos.

    Pretendemos adiante mostrar algumas das inúmeras conexões existentes entre a Teosofia, Maçonaria e a Sociedade Teosófica, delineando um ‘continuum’ que envolve várias tentativas de restabelecer a glória que no passado esteve presente na humanidade. Rumamos para o reestabelcimento de um "Governo Sagrado", o significado mais profundo do termo "Hierarquia". A seguir delineamos uma investigação sobre o papel da Sociedade Teosófica e da Maçonaria neste empreendimento.

    É interessante notar que uma análise das informações disponíveis sobre o período constitutivo da Sociedade Teosófica, em reuniões que transcorreram entre os dias 8 e 13 de Setembro de 1875, faz-se concluir que o nome "Teosófico" não estava pré concebido nas mentes dos fundadores. As atas das reuniões mencionam que o termo foi selecionado de um dicionário usado pelos membros do "comitê constitutivo" designado para propor a Constituição e Regulamento da Sociedade, o qual era composto por Olcott, Henry J. Newton, H.M. Stevens e Charles Sotheran. Mais interessante ainda se faz notar que várias sugestões de nomes para a Sociedade foram feitas, as quais incluíam "Egiptológica", "Hermética" e "Rosacruz". Certamente as "conexões egípcias" de Blavatsky, Olcott e muitos dos fundadores foram responsáveis por essa "fixação" nestas sugestões.

    O dicionário mencionado foi o "Webster’s Unabriged" (ed.americana), que dava as seguintes acepções ao termo "Theosophy":

    "...suposto intercurso com Deus e espíritos superiores, e conseqüente obtenção de conhecimento superhumano por processos físicos, bem como por operações teúrgicas, ou por processos dos filósofos germânicos do fogo..."

    Nos anos subseqüentes, Blavatsky sustentou que a definição de que a Sociedade se dedicava a "busca, por meios físicos, do conhecimento com relação ao infinito", era pobre e inadequada, mas foi a que melhor se adequou à opinião dos presentes nas reuniões da fundação, e mesmo com suas limitações, era capaz de definir um de seus objetivos, que era "a compreensão teórica e prática da verdade oculta ou esotérica."

    Pouco se fala nos demais fundadores da Sociedade que não Blavatsky e Olcott, e talvez resida ai muito da incompreensão sobre a gênese da Sociedade e seu nome. Uma passagem rápida pela biografia de alguns destes homens que se acercaram de HPB e Olcott nos mostrará que o background para a fundação da S.T. era marcadamente maçônico, antes de mais nada, e que a mudança para a Índia abortou esta tendência na Sociedade, cuja guinada praticamente alijou a influência destes outros fundadores no rumo do movimento.

    Dentre estes fundadores, podemos citar, por exemplo, George Henry Felt, que era arquiteto, engenheiro e professor de matemática, e foi um dos primeiros vice-presidentes da nova Sociedade. Ele declarava ter descoberto "os cânones das proporções Egípcias", as quais seriam "a chave para a arquitetura da natureza", bem como o segredo das correspondências para evocar os elementais ou espíritos primitivos da natureza. Tais possibilidades "teúrgicas" teriam excitado Olcott, e outros, muito mais do que a "verdade filosófica" por detrás dela, e por isso mesmo Blavatsky comandou a guinada da S.T. para a redescoberta da sabedoria esotérica presente em todas as genuínas tradições antigas.

    Dentre as mais enigmáticas influências "ocultas" do início do movimento teosófico certamente encontra-se a carta recebida por Olcott do "Braço Egípcio" da Grande Fraternidade Branca, denominado "Fraternidade de Luxor". A Carta de apoio a fundação da S.T. é assinada por três Adeptos, Serapis Bey, Tuit Bey e Polidorus Isurenus, e muito pouco esforço foi feito para elucidar este "apoio". HPB chamava a "Fraternidade de Luxor" como o "braço egípcio da Frates Lucis". Tal "Fraternidade da Luz" fora um grupo Rosacruz organizado em 1781 na Alemanha e na Áustria. Há relatos de que a Lenda de tal grupo foi recebida por Herbert Irwin a partir de um espírito que declarava ser o Conde de Cagliostro. Já a enciclopédia maçônica de Mackenzie declara que a "Fraternidade da Luz" foi estabelecida em Florença em 1498. Ele indica que em séculos posteriores, vieram a ser membros desta fraternidade o próprio Cagliostro, bem como Swendenborg, St. Martin e Eliphas Levi.

    Mais especificamente, em um artigo denominado "The Science of Magic", HPB faz referência a "três cavalheiros em Nova York que são neófitos aceitos da Loja". Tais "neófitos" seriam Charles Sotheran, Albert Rawson e o próprio Olcott. Não é de se admirar que o Mestre Hilarion teria estado em Nova York justamente na mesma época em que a S.T. surgiu, e deveria ter alguma conexão com esta "iniciação" de Olcott e outros na "fraternidade". Em Ísis Sem Véu, Blavatsky praticamente declara sua participação em tal movimentação oculta, quando declara, explanando sobre a infiltração na Maçonaria Ocidental:

    "...Quando, dentre estes [maçons ocidentais], foi constatado méritos para tornarem-se afiliados do Oriente, eles foram secretamente instruídos e iniciados, mas os outros não estavam aptos..."

    Entre os "neófitos" está certamente o maior responsável pelo adjetivo "Teosófico" da Sociedade. Certamente é na personalidade de Charles Sotheran que reside o surgimento do nome. Isto pode ser evidenciado pelas referências a ele feitas por Laura Hooloway Langsford, publicada em "The Word", em 1916. Ali ela declara:

    "Mr. Sotheran foi um membro da Sociedade Rosacruciana, um maçom de elevado Grau, e um escritor versado na história de todos os sistemas orientais de pensamento religioso. Ele foi o engendrador da palavra "Teosofia" como nome da nova sociedade e foi ele quem apresentou Mme. Blavatsky aos catedráticos em conexão com ‘Ísis Sem Véu’...ele conheceu ao menos um dos membros da Fraternidade dos Adeptos, e esteve, de certa forma, identificado com seus objetivos de melhoramento da raça..."

    Charles Sotheran foi um grande Maçon, tendo sido "Grande Secretário Assistente do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito", e também grau 94 do "Rito de Memphis", posteriormente absorvido no "Rito Antigo e Primitivo", e trabalhou como grande representante do "Supremo Conselho do Rito Swendenborguiano". Também serviu por duas ocasiões como líder dos "Guardiães do Santuário Místico", do qual Rawson, acima mencionado, foi fundador, sendo seu amigo por décadas. Sotheran foi responsável também pela obtenção do Diploma Maçônico de Blavatsky, expedido por John Yarker, Grande Mestre grau 95 do "Antigo e Primitivo Rito de Memphis", 33º do Rito Escocês, 90º do Rito de Mizrain. Após receber cópia de Ísis Sem Véu, Yarker declarou:

    "Em resposta ao pedido do Ir. Sotheran, enviei a mme. Blavatsky o certificado do ramo feminino de Sat Bhai... Tanto dos Ritos de Memphis e Mizrain bem como do Grande Oriente da França que possuiu um ramo da Maçonaria de Adoção... Enviei em 24 de novembro de 1887, um certificado do mais elevado grau, aquele de ‘Rainha Coroada – 12º grau’."

    Sylvia Cranston, em seu livro "Helena Blavatsky - A Vida e a Influência Extraordinária da Fundadora do Movimento Teosófico", recentemente lançado em português pela Editora Teosófica, repete a simplista história de que Sotheran, recém indicado bibliotecário da nova Sociedade, "folheando as páginas de um dicionário...encontrou a palavra Theosophy (Teosofia), que foi aceita por unanimidade" (p.169). Sem demérito para os historiadores da Sociedade, acreditamos que é na tradição Maçônica que está a verdadeira "origem" do nome da Sociedade, e não no acaso do folhear de um dicionário.

    Talvez seja na tradição dos Ritos de Memphis e de Swendenborg que esteja a raiz da sugestão de Sotheran ao Conselho da Sociedade Teosófica, pois não só ele bem como outros faziam parte destes corpos maçônicos. O Rito de Memphis, por exemplo, possui uma série de paralelos aos ensinamentos que HPB propugnava. Declara-se que sua origem se perde na noite dos tempos, passando pelos sábios da Índia, Babilônia, Etiópia e Egito. O Rito de Memphis era o único a ensinar declaradamente a idéia da reencarnação, alegando que a alma dos homens virtuosos eram liberadas do renascimento, enquanto que aquelas dos maléficos renasciam após um período de punição. Aqueles que "não eram nem totalmente bons nem totalmente maus sofriam proporcionalmente à sua culpa, e depois ascendiam ao céu para receber uma recompensa temporal por suas boas ações e, posteriormente, retornar à carne". Tal doutrina é semelhante à exposta nas "Cartas dos Mestres", quando se menciona o Devachan, ensinamento depois amplamente ventilado por Leadbeater. Mais importante que isto é fato de que tal rito possui na sua escala graus denominados "Cavaleiro Teosófico" e "Sábio Teósofo".

    Mackey, o eminente enciclopedista maçônico, praticamente coloca a Sociedade Teosófica como uma decorrência histórica do Rito de Swendenborg ao comentar sobre Abbe Dom Pernetty:

    "...Pernetty foi um Teosofista, um Filósofo Hermetista, um discípulo, de uma certa forma, de Jacob Boheme, o príncipe dos místicos. A tal homem, as referências, as visões, e as especulações espirituais de Swendenborg foram peculiarmente atrativas. Ele as aceitou com uma adição às concepções teosóficas as quais ele já havia recebido. Por volta de 1760 ele estabeleceu em Avignon seu "Rito dos Iluminati", em que foram introduzidas referências tanto a Boheme e Swendenborg. Em 1783 este sistema foi reformado pelo Marquês de Thomé, outro Swendenborguiano, e desta reforma surgiu o que foi denominado ‘Rito de Swendenborg"... Benedict Chastanier, também outro discípulo de Swendenborg, e que foi um dos fundadores da Sociedade de Avignon, levou suas visões para a Inglaterra, e fundou em Londres um rito similar, que posteriormente foi transformado numa associação puramente religiosa, sob o nome de "A SOCIEDADE TEOSÓFICA". (An Encyclopedia of Freemasonry and Kindred Sciences, vol.2, p.746)

    Assim, temos que tomar consciência de que no século XVIII já houvera uma Sociedade Teosófica, derivada da "Ordem dos Teosofistas Iluminados", fundada em 1767, e a "Sociedade Teosófica", estabelecida em 1784, ambas sob os auspícios de Benedict Chestanier. O Rito de Swendenborg, a que Sotheran pertenceu, inspirou-se nestes dois grupos, e foi fundado em 1876 por John Yarker. E mais importante ainda, temos a referência de René Guénon, que menciona informações de Yarker de que Olcott contava entre os membros deste "Rito Swendenborguiano".

    As conexões maçônicas dos fundadores da S.T. ficam ainda mais claras nas próprias linhas do Cel. Olcott, em seu diário, quando ele menciona os seus planos de desenvolver a Sociedade Teosófica como um "corpo maçônico", mas que a idéia foi abortada pelo próprio ímpeto que a Sociedade tomou:

    "Em 15 de abril [de 1878] começamos a conversar com Sotheran, Gen. T., e um ou dois altos Maçons acerca da constituição de nossa Sociedade [Teosófica] em um corpo Maçônico com um Ritual e Graus; a idéia sendo que se viria a formar um complemento natural aos altos graus da maçonaria, restaurando a ela o elemento vital do misticismo Oriental que a ela faltava ou que tinha perdido. Ao mesmo tempo, tal arranjo daria força e resistência à Sociedade, pela sua associação a antiga Fraternidade cujas Lojas estão estabelecidas por todo o mundo. Agora que retrocedo minha visão a isto, nós estávamos, nada mais, nada menos, que planejando repetir o trabalho de Cagliostro, cuja Loja Egípcia fora em seus dias um poderoso centro para a propagação do pensamento oculto Oriental. Não abandonamos a idéia até bem depois de mudarmos para Bombain, e a última menção em meu diário é uma entrada com respeito a Swami Dayanand Sarasvati, que tinha me prometido compilar um Ritual para o uso de nossos membros em Londres e Nova York. Alguns antigos colegas negaram os fatos acima, mas, embora eles os desconhecessem, o plano foi seriamente considerado por HPB e eu mesmo, e somente o relegamos quando percebemos que a Sociedade estava crescendo rapidamente por seu próprio ímpeto inerente, e tornando apolítico para nós associá-la a um corpo maçônico." (Old Diary Leaves, vol. 1, pg.s 468-69)

    Entre outras incursões políticas, vemos que o recrudescimento do interesse no Conde de Cagliostro tem haver com toda esta movimentação para "repetir" o que Cagliostro teria feito um século antes da fundação da S.T. Sotheran teve papel importante neste movimento, proferindo palestras sobre o tema, as quais se transformaram no livro "Alessandro Di Cagliostro - Impostor or Martyr", publicado em 1876. Há que se relevar que há uma forte corrente do pensamento teosófico que acredita que Cagliostro fora a reencarnação anterior de Blavatsky. Tal possibilidade se aventa devido ao fato de Blavatsky ter recebido uma das jóias do eminente maçom e teósofo, e que seus antepassados, os Dulgurukis, teriam continuado a Maçonaria de Cagliostro, e sendo este rito "misto", aliás como no Egito antigo, Blavatsky teria sido iniciada no mesmo, além de ter tido acesso a uma vasta biblioteca maçônica pertencente a seus avós e bisavós. Acreditamos que todas estas informações fecham este longo raciocínio do envolvimento dos fundadores da atual Sociedade Teosófica, e de outras do passado, e a Maçonaria.

    Mas a história não para por aí. A eminente teósofa e maçom Annie Wood Besant, indicada pela própria Blavatsky como seu "braço direito", e responsável pela manutenção de muitos de seus projetos pendentes após seu desencarne, veio a continuar este impulso teosófico/maçônico, com o auxílio de destacados teósofos e também maçons, como Francesca Arundale, James Wedgwood e Charles Webster Leadbeater. Esta movimentação deveu-se ao interesse e participação de todos estes teósofos no movimento conhecido como "Ordem Co-Maçônica", ou mais especificamente a "Ordem Maçônica Mista Internacional - O Direito Humano".

    A Ordem surgiu quando em 14 de janeiro de 1882, uma Loja masculina francesa, por considerar a exclusividade da admissão à maçonaria apenas para aos homens infundada, iniciou Maria Deraismés, sendo automaticamente desligada de sua obediência. Com o apoio do grande maçom Saint Martin, envolvido também nesta movimentação, em 1893 foi formada "La Grand Loge Symbolique Escossaise de France, Le Droit Humain", formando uma potência maçônica cujos ritos admitiam em pé de igualdade homens e mulheres. Posteriormente a potência de O Direito Humano foi reconhecida como regular pela grande Loja da França.

    A primeira Loja co-maçônica em Londres foi fundada em 1902, e tornou-se rapidamente muito popular entre os teosofistas. A primeira cidadã britânica a ser iniciada foi Francesca Arundale, tia avó do terceiro presidente da Sociedade Teosófica, George Arundale. Foi ela a pioneira no movimento na Inglaterra bem como quem convidou a dra. Annie Besant, para integrá-la. Mais adiante, a dra. Besant, já tendo atingido o 33° , tornou-se a "Ilustríssima Muito Poderosa Grande Comendadora" da jurisdição Britânica da Ordem de O Direito Humano, e tendo James Wedgwood, também 33° , como seu "Ilustríssimo Supremo Secretário" da Federação Britânica da mesma Ordem. Foi este último quem iniciou Leadbeater na maçonaria em 1915.


    Charles Webster Leadbeater e James Wedgwood, em Sydney, Austrália.

    A dupla Annie Besant e Leadbeater deram novo impulso ao movimento co-maçônico, pois ambos eram ocultistas e clarividentes dotados, e fizeram uma série de modificações ritualísticas que aproximaram os trabalhos da Ordem de O Direito Humano das influências dos grandes seres do Governo Interno do Mundo, que sempre usaram como seus canais os genuínos movimentos espiritualistas. Devemos notar que a expansão internacional da Ordem, atualmente presente em cerca de 60 países, deveu-se precipuamente a sinergia entre o trabalho da Sociedade Teosófica e os da Maçonaria, especialmente pelo seu caráter universal e fraternista, e também pelo alto teor místico dos rituais introduzidos pela literatura e renovação litúrgica promovida principalmente por Leadbeater.


    A Cremação de Annie Besant
    Leadbeater (ao centro), e outros teósofos compareceram paramentados à solenidade.

    Sobre o tema maçonaria, Leadbeater publicou inúmeros artigos nos periódicos da Ordem, e também dois livros que estão disponíveis em português, lançados pela editora Pensamento, a saber: "Pequena História da Maçonaria" e "A Vida Oculta na Maçonaria". Deve-se fazer menção também ao opúsculo "La Magia de la Franco Massoneria", do teósofo e maçom Major Arthur Powell, e "At the Sign of Square and Compasses", do também teósofo e maçom Geoffrey Hodson, infelizmente ainda não traduzidos para nosso vernáculo.

    Talvez seja de passagens do diário deste último escritor, publicado postumamente, que podemos vislumbrar qual é o "interesse oculto" da Grande Fraternidade Branca tanto no movimento teosófico e maçônico, as quais traduzimos alguns excertos abaixo em primeira mão. As comunicações provém do Adepto conhecido como Polidorus Isurenus, que foi um dos signatários da carta de apoio ä fundação da Sociedade aludida acima, que em encarnação anterior fora o grande Fílon, o Judeu, tido como o precursor do pensamento neo-platônico, reconhecidamente mais uma das escolas históricas que promoveram o reaparecimento do pensamento teosófico.

    Na passagem a seguir o Mestre "P", como foi conhecido na literatura teosófica do início do século, explicita o poderio da civilização egípcia e os objetivos de longo prazo da hierarquia para os movimentos teosófico e maçônico atuais:

    "A realeza e aristocracia Egípcias foram assim utilizadas pelas Autoridades para impulsionar os indivíduos. As Escolas de Mistério e treinamento estavam completamente disponíveis; Adeptos e altos iniciados estiveram permanentemente encarnados no Egito por milhares de anos, e todo o grande trabalho de treinamento, iniciação, passagem, elevação e aperfeiçoamento ocorreram sem interrupção por todo aquele período. Foi uma das maiores épocas do planeta, e devido a seu valor foi mantido por tão longo tempo. Período semelhante está para se iniciar logo quando o mundo se acalmar das guerras, se e quando o mundo estabelecer uma Corte Mundial. A fundação da Sociedade Teosófica e a edição dos primeiros livros teosóficos foi o primeiro passo.

    "A S.T. é uma organização de altíssimo significado uma vez que ela é o instrumento designado e usado pelos Mestres para gradualmente reintroduzir a Sabedoria Oculta ao mundo, e pavimentar o caminho para o restabelecimento dos Antigos Mistérios. Planos de longo alcance foram feitos antes e na sua fundação, e todos os extraordinários trabalhadores são agentes significativos em sua consecução. De fato, todos os trabalhadores que provem ser de algum valor real estão participando em um tremendo trabalho para a iluminação e elevação espiritual do homem.

    "A Fraternidade anela apressar a libertação da humanidade do karma produzido pela crueldade e dor. Ela deseja tirar a maioria da humanidade das limitações e "males" do Manas inferior rumo a liberdade e "bondade", e assim beneficência, da mente superior, e isto tão mais rápido quanto seja possível. Este é o trabalho deste período. A TEOSOFIA É A FORÇA E A S.T. O INSTRUMENTO. Felizes são aqueles Membros que percebem isto e sacrificam a si mesmos para este portentoso trabalho; pois deles será a grande recompensa.

    "Mostre aos membros tudo isto, e estimule-os a uma participação mais plena e ativa, mais inteligente, e mais inegoísta nas atividades da Sociedade. Ardor, zelo inteligentemente dirigido, devoção inegoísta e esforço incansável: estas são as qualidades que levam o indivíduo acima e que, ao mesmo tempo, asseguram o progresso da organização.

    "Estar aptos e ativos tanto como Egos e personalidades -- este é o chamado para o Membro da Sociedade no mundo pós guerra. Felizes são aqueles que respondem, pois a oportunidade para o progresso e desenvolvimento oculto deverão ser as suas recompensas e os Mestres as conferirão a eles." (Light of The Sanctuary, Geoffrey Hodson, p.124-5.)

    E quanto à Maçonaria, o mesmo Adepto afirma:

    "Faça uma declaração Maçônica de que todos os Franco Maçons, quer eles acreditem ou não, estão de fato engajados na moderna continuação da Tradição de Mistério.

    "A diferença hoje das eras antigas é que nestes dias os egos corporais dos candidatos não estão conscientes de suas posições como Egos [almas imortais], enquanto nos períodos passados eles eram conscientizados disto. Derradeiramente, todos os testes devem ser ultrapassados pelo candidato em plena consciência física desperta.

    "Franco-Maçons e Co-Maçons são os mais promissores indivíduos para o preenchimento do ideal do primeiro artigo (Nt. O artigo referia-se a Restauração dos Mistérios, um possível quarto objetivo da ST). De uma forma ou outra, esta idéia deve ser infiltrada em ambos os movimentos, tornando os Maçons cônscios que de fato eles estão continuando a Tradição de Mistério. Trabalhe sobre isto, apresente-a a Mim e procederemos nesta direção. Todas as respostas ao artigo sobre o quarto objetivo devem ser dirigidas à Co-Maçonaria.

    "Grupos estão se aproximando do Portal, pois embora o mundo não saiba disto, a Tradição de Mistério está, de uma forma diferente, mas também muito similar, muito ativa no mundo moderno. O que Nós estamos objetivando é que mais e mais pessoas deveriam conhecer esta Verdade e prepararem a si mesmas."

    E em relação à Co-Maçonaria em especial ele dá instruções diretas:

    "É verdade, como você declara, que estamos engajados no planejamento preliminar e no estabelecimento dos alicerces para o RETORNO DOS MISTÉRIOS.

    "A Ordem Co-Maçônica é um dos passos vitais nesta direção... Portanto o valor do seu livro e de outros similarmente escritos. O aspecto VIDA precisa ser reforçado por toda a Co-Maçonaria, mesmo conquanto a perfeição no desempenho do ritual seja aceita como um ideal mas não como o único!

    "Assim, em suas palestras de estudos e livros resultantes sobre Co-Maçonaria, acentue seu bem conhecido ideal de Kavannah (Nt. Kavannah: realização do ritual com pleno conhecimento do seu significado e atenção aos seus resultados místicos) --uma palavra mágica -- repetindo seu pleno significado... Círculos de estudo são necessários na Ordem Co-Maçônica, concomitante, como fazemos, às necessidades quotidianas da maioria dos membros, da necessidade de restringirem sua liberdade para engajarem-se no estudo e meditação. De fato, o que agora se requer na Ordem Co-Maçônica é um "movimento interior" dedicado ao estudo e a expansão da consciência rumo a compreensão do sempiterno ideal da Unidade expresso enquanto generoso serviço amável e prestativo. Desta forma, o perigo pode ser evitado, da Ordem Co-Maçônica tornar-se, ou melhor, restringir-se, a um cerimonial sem Kavannah."

    Destas passagens podemos compreender que planos de longo alcance foram e são traçados para elevar cada vez mais o estágio evolutivo da humanidade.

    Gostaríamos de concluir este artigo com alguns comentários sobre esta "sinergia" entre Teosofia, Sociedade Teosófica e os Movimentos Maçônicos, até porque, como visto acima, a Sociedade Teosófica só não se tornou uma Ordem Maçônica porque tomou um ímpeto próprio e acabou se distinguindo dentro das verdadeiras Escolas que levam o conhecimento espiritual à humanidade. Mesmo que administrativamente sejam separadas e autônomas, seus objetivos são ontologicamente ligados.

    A despeito de sua origem histórica remontar há mais de cem mil anos, segundo o teósofo e maçom C.W.Leadbeater, a Maçonaria é uma organização "temporal", que surge e desaparece periodicamente como manifestação de princípios infinitamente superiores à ela mesma. Da mesma forma é a Sociedade Teosófica, descrita por sua fundadora como reles "cometa", conformado pelos defeitos e virtudes de seus aderentes, o qual busca firmar-se numa órbita estável junto ao "Sol da Verdade", ou Teosofia, e que também partilha deste mesmo atributo da temporalidade. Portanto não se deve confundir Teosofia com Sociedade Teosófica, da mesma forma que não confundimos poeira cósmica com uma estrela.

    Sobre a Maçonaria vemos que por definição, como exposto e citado por nosso irmão teósofo e maçom Joaquim Gervásio de Figueiredo, em seu Dicionário de Maçonaria, ela é "um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo e visível, consistente de seu cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos...", e assim percebemos que a dicotomia Forma/Vida é intrínseca à mesma. A compreensão deste aspecto espiritual, continuando com a citação, "só é acessível ao maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo simbolismo externo".

    Soa estranho o termo "imaginação espiritual", usada pelo escritor Wilmshurst em seu O Significado da Maçonaria, pois que a imaginação é normalmente associada à "fantasia", a "ilusão", e portanto à "irrealidade". Por que meios podemos vencer tal paradoxo e elevar a imaginação ao reino da Verdade, que é o reino espiritual? Faz-se necessário relembrar que o Mestre K.H., nas Cartas dos Mestres, afirma que a imaginação é o começo da "clarividência".

    Sabe-se que a Sociedade Teosófica não "ritualiza" a Teosofia. Ela promove reuniões, estimula o estudo, realiza conferências, seminários, com o fim último de promover seus três objetivos, que em ordem de importância são a Fraternidade Universal sem Distinções, o Estudo Comparativo de Ciências, Religiões e Filosofias, e a Investigação daqueles princípios e poderes ocultos, latentes tanto no homem e na natureza. Mas podemos indagar: Não se torna ativa a Sabedoria Divina que os teosofistas estudam? Constata-se facilmente que a Sociedade Teosófica não atende bem às demandas "físicas" e "emocionais" dos membros, mas que, em contrapartida, à partir do plano das idéias projeta seus membros como nenhuma outra organização aos cumes do Conhecimento.

    Se o "handicap" da Sociedade Teosófica é a falta de "ações práticas ou devocionais", o da Maçonaria é o oposto, ou seja, o "ritualismo" e a carência de profundidade em seus "estudos". Falta também o que o Mestre P. chamou de "Kavana", em suas comunicações ao teósofo e maçom Geoffrey Hodson. O termo arcano significa "plena consciência do significado das ações ritualísticas", ou seja, há um déficit na Maçonaria do real conhecimento dos verdadeiros princípios cósmicos dos quais as sagradas artes e ritos maçônicos são emuladores sacramentais, caindo-se, então, apenas numa repetição estéril do ritual.

    Ora, existe aqui vastas possibilidades para uma NECESSÁRIA estimulação mútua. O maçom só pode se beneficiar pelo contato com a Teosofia, e o teosofista certamente se beneficiará dos aspectos agregadores e coordenadores, tanto físicos, emocionais e espirituais, promovidos por movimentos ritualísticos. Pertencem a esta categoria não só a Maçonaria, mas também a Ordem da Távola Redonda, destinada às crianças, e o movimento da Igreja Católica Liberal, que por meio de ações devocionais e liturgia sacramental cristã, mas com fundamentação teosófica, complementam a formação de qualquer espiritualista. O ritual tem o poder de "recriar" microcosmicamente as condições macrocósmicas, e pela identificação da consciência humana com os princípios teatralizados, e também da invocação dos espíritos da natureza e seres angélicos, faz com que o homem se reintegre com todo o universo.

    Compreendemos facilmente, assim, a sinergia que houve entre eminentes maçons, como foi o caso de cel. Olcott e outros fundadores da Sociedade Teosófica, e a portadora moderna da Teosofia, Mme. Blavatsky. Como declarado, esta última também foi maçon; mas isto não impedia Blavatsky de comentar que a Maçonaria estava perdendo suas verdadeiras "chaves" para os Mistérios, e que os maçons se tornavam paulatinamente em meros "promotores de banquetes", ao invés de dedicados estudantes da sabedoria e artes ocultas. Ostentar o epíteto de teósofo ou de maçom significa muito mais do que podemos supor, pois ambos os termos referem-se a obtenção objetiva da sabedoria, tanto intelectual e prática, teórica e empírica, especulativa e operativa. Significa ser realmente um "mago", ou aquele que conhece e é capaz de comandar as forças da natureza em consonância com o plano divino.

    Seguramente o desenvolvimento da "imaginação espiritual" é uma metáfora para o despertar dos "poderes ocultos" que desenvolvem-se na consciência tanto do verdadeiro teósofo e maçon. Com certeza, é por isso que Centros Teosóficos, como a Instituição Teosófica Pitágoras, o Centro Teosófica Raja e mais recentemente o Instituto Teosófico de Brasília, abrigam diversos tipos de atividades que visam desenvolver as muitas facetas da espiritualidade humana. Isto se faz pelo estudo, pela meditação, pelo serviço altruísta à humanidade e principalmente pelo desenvolvimento do Amor e Respeito Incondicionais à Tudo que Vive, a grande causa dos Mestres de Sabedoria, que é a FRATERNIDADE UNIVERSAL DA HUMANIDADE e de toda a NATUREZA.

    PAZ A TODOS OS SERES!

    Revisado em outubro/2004.

    * Osmar de Carvalho

    Coordenador da Loja Esotérica Virtual


    TEOSOFIA E MAÇONARIA
    Orador: Osmar de Carvalho
    Duração: 81min.
    Audições: 33047
    Resumo: Palestra proferida pelo teósofo e maçom Osmar de Carvalho em 30/08/2013 na Loja Teosófica Liberdade.
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