DAMODAR K. MAVALANKAR
O ponto essencial da Teosofia é a existência da Fraternidade dos
Adeptos ou Mestres da Sabedoria (i.e. Mahatmas: literalmente, Grandes Almas).
Este fato sagrado dá especial significado às sutilezas da Cosmogênese e às
complexidades da Antropogênese. Ele configura todos os esforços da prática
teosófica. Os Grandes Adeptos estão sempre prontos a ajudar e elevar
espiritualmente todos que buscam os cumes da sabedoria. A Teosofia mostra o
caminho da perfeição, pelo qual um ser humano pode passar para além do sentido
de alienação da maioria dos seus contemporâneos e imergir no insondável centro
divino da unidade consciente de toda a vida. Quem percorre gradualmente este
caminho, aprende a assumir a plena responsabilidade da sua natureza e da sua
existência e agir em conformidade com todas as implicações a que esse
conhecimento conduz. Quando ele obtém a lucidez da autoconsciência universal e
perde toda a separatividade do interesse próprio, torna-se um Adepto, Mahatma,
uma Grande Alma. Damodar K. Mavalankar foi um homem que percorreu este caminho
até o horizonte que a observações humana pode alcançar.
Damodar nasceu em Ahmedabad, em Gujarat, em Setembro de 1857.
Como todos os que nasceram na casta dos brâmanes Karhada Maharashtra, recebeu
uma excelente formação tradicional Hindu. Tendo vivido numa família abastada,
também lhe foi proporcionado uma primorosa educação inglesa. Quando muito novo,
ficou gravemente doente e à beira da morte. Durante o pior momento deste
período, teve uma visão na qual um ser resplandecente o amparou e rapidamente o
recuperou. Ele teve, posteriormente, em duas outras oportunidades visões deste
ser: uma vez quando esteve, de novo, seriamente doente e outra vez em uma
profunda meditação.
Entre as idades de dez e quatorze
anos, Damodar estudou devotadamente Dharma[1]
Hindu, cultivando todas as apropriadas praticas deste estágio. Tendo começado
os seus estudos acadêmicos, o ritual deu lugar às lições escolares, embora as
idéias básicas e aspirações permanecessem as mesmas. De acordo com o seu
próprio testemunho, não encontrou uma verdadeira paz de espírito, e viveu para
a rotina diária, posição social e gratificação pessoal. Mas, em 1879 – ano em
que H. P. Blavatsky e H. S. Olcott chegaram em Bombaim para estabelecer um
centro para a Sociedade Teosófica – Damodar leu Isis sem Véu. Ele
imediatamente correu para Bombaim para saudar a notável autora que demonstrou
tanta sabedoria, audácia e devoção. Não se importando com a opinião do mundo,
ela demonstrou a segurança de quem conhecia a existência dos Mestres e de que
estavam ativos no seio da humanidade.
Quando Damodar entrou na sede da Sociedade Teosófica em
Bombaim, surpreendeu-se ao ver o retrato do homem que aparecera três vezes nas
suas visões e por saber que este Mestre era um dos que apoiavam H. P. Blavatsky e o Movimento
Teosófico. Convencido que tinha encontrado o portal que conduz ao Caminho da
Verdade, Damodar tornou-se membro da Sociedade Teosófica em 13 de julho de
1879. Em 3 de agosto foi iniciado na Sociedade. Pouco depois ele escreveu:
“Não é exagerado dizer que
somente estes poucos meses eu tenho sido um homem realmente vivo; pois entre a
vida como ela me aparece agora e a vida como eu a compreendia antes, existe um
abismo insondável. Eu sinto agora que pela primeira vez tenho uma percepção
clara do que são o homem e a vida – a natureza e poderes do primeiro, e as
possibilidades, deveres e alegrias da última.”
Damodar solicitou a seu pai
licença para viver na sede da S. T., que lhe foi concedida, e sedo assumiu as
responsabilidades de Secretário responsável pelo recebimento das taxas.
Damodar solicitou também as
benções de seu pai para a sua resolução de viver a vida de um sannyasin[2].
Ele tinha ficado noivo em Laxmibai quando ainda criança e esperava-se que se
casasse e se tornasse um chefe de família. Quando ficou claro que o seu desejo
de ser um chela[3]
dos Mestres era profundo e irreversível, foi lhe permitido ceder a sua grande
parte da herança ancestral do seu pai sob a condição que a jovem fosse cuidada
na casa da família pelo resto da vida. Apesar de ter ficado com o coração
despedaçado, ela concordou com a decisão de Damodar e viveu a vida de uma saubhagyavati – uma mulher sozinha cujo
marido está vivo – isto por um longo tempo, mesmo após o desaparecimento de
Damodar no Tibet e até à sua própria morte, aproximadamente aos 60 anos.
O pai, o tio e o irmão mais velho
de Damodar aderiram à Sociedade Teosófica, mas todos resignaram quando ele
renunciou à sua casta. H. P. Blavatsky e Coronel Olcott aconselharam Damodar a
refletir cuidadosamente sobre a sua corajosa e grave decisão.Assim tendo feito, ele declarou que todos
os interesses mundanos “... são apenas
os vapores dum sonho e que somente é digno de ser chamado homem, quem fez do
capricho seu escravo e da perfeição de seu Ser espiritual o grande objetivo de
seus esforços. Como não seria possível usufruir destas convicções e a minha
liberdade de ação dentro de minha casta, estou me retirando da mesma...”
Quando em Ceilão, em 1880, para
uma jornada de palestras, H. P. Blavatsky, Olcott e Damodar, conjuntamente
receberam o Pansil, a cerimônia de Pancha Shila[4]
do Budismo do Sul, na qual se faz votos de cumprir os cinco preceitos ensinados
por Buda: compaixão, veracidade, pureza, sinceridade e temperança.
Nem os votos publicamente assumidos, nem os detalhes pessoais
externos, podem revelar as mais vitais e críticas atividades de um chela, pois isto tem lugar nos recessos
da mente e do coração. Também uma sugestão da força motivadora por trás da
meteórica escalada de Damodar na senda do discipulado pode ser encontrada na
sua carta para William Q. Judge em 5 de outubro de 1879, dois meses após ter
entrado na Sociedade Teosófica, recomendando:
“Seu único desejo deverá ser
fazer tudo pela humanidade e nada para você próprio, i. e., embora esteja no
mundo, seu homem interior deverá estar fora dele. Quando agir sempre deste
modo, ser-lhe-á dado a conhecer pelos Adeptos outros meios de realizar o seu
objetivo.”
Este sutil balanço entre o
estrito cumprimento do dever e a completa liberdade do apego à roda de
nascimentos e mortes, deriva da atitude fixa de Damodar para com o seu
instrutor. Em carta para W.Q.Judge, de 24 de Janeiro de 1880, ele escreveu:
“Sei que Madame Blavatsky, que eu
venero como minha Guru, estimo como minha benfeitora e amo mais que uma Mãe, e
outros cuja simples recordação dá ao meu coração uma emoção que me faz tremer
de veneração, fez-me favores que não tenho o menor merecimento. ... Cerca de um
mês depois que eu aderi à Sociedade, ouvi uma voz interior que me sussurrava
que Madame Blavatsky não é o que descreve ser. ... Eu pensava que deveria ser
algum grande Adepto Indiano que assumiu aquela forma ilusória.”
Damodar freqüentemente voltava ao
assunto dos Adeptos, “por que é o único assunto em que estou interessado”,
discorrendo longamente sobre eles sem admitir entusiasmos que o desviem da sua
natural discrição.
Em 1880, o Mestre pousou o seu
olhar em Damodar. No final do ano, ele viu Adeptos em forma astral e foi levado
por um deles numa jornada.
Irmão ----- ordenou-me para
segui-lo. Após ir uma curta distancia de cerca de meia milha, nós fomos para
uma passagem subterrânea natural que fica sob o Himalaia. O caminho é muito
perigoso. Há um caminho natural que flui por baixo do rio Hindus com toda sua
fúria. Somente uma pessoa de cada vez pode passar por ele e um passo em falso
marca o destino do viajante. A cima do caminho há vários vales a serem
cruzados. Depois de andar uma considerável distância por esta passagem subterrânea
surge uma planície aberta em L-----K. Há uma grande construção maciça com
milhares de anos. Em frente dela um enorme Tau[5]
egípcio. O edifício apóia-se em 7 grandes pilares em forma de pirâmides. A
porta de entrada tem um grande arco triangular. No interior há vários
apartamentos. O edifício é tão grande que eu penso que pode conter 20.000
pessoas. Foram-me mostrados alguns dos compartimentos. Este é o Principal
Localização Central onde todos da nossa seção que foram preparados para a
iniciação dos Mistérios têm de ir para a cerimônia final e ali permanecer
durante o período requerido para tal. Eu entrei com o meu Guru no enorme salão.
A grandiosidade e serenidade do lugar é o suficiente para impressionar alguém,
impondo-lhe respeito. A beleza do Altar que está na parte central e no qual
cada candidato toma os seus votos no momento da sua iniciação certamente
deslumbra o mais brilhante dos olhares. O esplendor do Trono do SENHOR é
incomparável. Todas as coisas estão estabelecidas num principio geométrico e contendo
vários símbolos que são somente explicados aos Iniciados. Mas não posso falar
mais, agora que eu fiquei sobre a obrigação de Segredo que ___ me fez tomar.
Uma carta que ele recebeu de um
dos Mestres confirmou a realidade desta jornada astral.
Damodar obteve o privilegio de
encontrar o seu Mestre em Lahore em Novembro de 1883. Pouco depois, Damodar e
H.S.Olcott permaneceram alguns dias em Jammu, na Cahemira, como convidados do
Maharaja. Damodar desapareceu sem avisar, voltando somente dali a três dias
completamente transformado. Olcott recordou que Damodar se mostrou “com uma
aparência robusta, forte e viril, corajoso e de maneiras enérgicas, e assim
sendo, mal podíamos compreender como poderia ser a mesma pessoa”. Ele retornou à Adyar, agora a sede
permanente, e com redobrado zelo empreendeu seus deveres administrativos,
incluindo a administração do escritório de publicação do The Theosophist.
Entrementes, ambos, H. P.
Blavatsky e H. S. Olcott, viajavam freqüentemente divulgando a Teosofia, enquanto
crescentemente Damodar se tornou o chefe executivo dos acontecimentos em Adyar.
Enquanto os Fundadores da S. T. estavam na Europa em 1884, o trágico caso
Coulomb explodiu em Adyar. Durante o período negro, quando acusações de falsas
alegações e trapaças foram proferidas com violência contra os seus sobre as
pessoas de seus instrutores, e os nomes
dos seus venerados Mestres foram divulgados em público, Damodar permaneceu
calmo, inflexível e firme. “Os poderes da magia negra”, escreveu, “dependem da
força de vontade engendrada por uma forma concentrada de egoísmo”. Sem procurar
proteger a si mesmo, recusou comprometer os seus instrutores, falando de
assuntos privados, ou hesitar da sua profunda lealdade espiritual para com o
Movimento Teosófico e dos seus promotores. Ele suportou a provação, acompanhado
por muito poucos, enquanto a maioria escapava ou tomava posições ambíguas. Ele
atingiu a honra de ser convidado a viajar para o ashram[6] do Mestre no
Tibet.
H. P. Blavatsky regressou rapidamente para a Índia e abençoou a
sua jornada privilegiada. No dia 23 de Fevereiro de 1885, 36 dias após H. P.
Blavatsky ter deixado a Índia pela última vez, Damodar partiu a bordo do Navio
Clan Grant. Ao chegar a Calcutá no dia 27, Damodar passou os primeiros dias de Março
em Benares e voltou para Calcutá no dia 14. No dia 30 de Março, recebeu um
telegrama ordenando que fosse para Darjeeling.
No plano da sua viagem estava a partida para o Norte em 13 de Abril,
passando por Runjeet, Vecha, Renanga, Sanangthay, Bhashithang, e fazendo uma
pausa em Dumrah no dia 18. Ali esperou instruções de Longbu, distante três
milhas. No dia 19 entrou no Sikkim e em 23 permitiram-lhe ir para Kali. Ali
ele mandou de volta a Darjeeling os carregadores, seus bens pessoais e seu
diário .
Nada mais se soube da vida de Damodar. De acordo com aqueles
que o viram pela ultima vez, juntou-se à companhia de uma pessoa misteriosa e
foi para o Tibet. H.P.Blavatsky e outros receberam dele cartas ocasionais até à
sua morte, cujos conteúdos são desconhecidos.
Damodar incorporou as mais
elevadas virtudes da senda dos Bodhisattva[7]
e os mais puros princípios do Sanatana[8]
Dharma. Enquanto suportava as mais severas provas da alma e as grandes
pressões externas, correspondia-se com teósofos, com jornais amigáveis e
hostis, e com outras pares interessados pelo globo fora. Ele escreveu artigos
de penetrante compreensão e notável ponto de vista noético.
Esboçando os três Objetivos da Sociedade Teosófica, ele deu
ênfase ao primeiro – formar um núcleo de Fraternidade Universal sem distinção
de qualquer espécie – e notou que poucos podem conscientemente entrar na
Fraternidade porque a maioria não aspira "conquistar as imensas
dificuldades encontradas entre a Solidão Intelectual e o Companheirismo Intelectual".
Este abismo é permanentemente preenchido pela “Simpatia Intelectual mútua"
sem fanatismo, dogmatismo ou preconceitos de qualquer espécie. Somente pode ser construído numa vida de
meditação.
A ciência ensina-nos que o homem muda continuamente o seu corpo
físico, e que esta mudança é tão gradual que é quase imperceptível. Porquê
então o caso deveria ser diferente com o homem interior? Este último também
está constantemente se desenvolvendo e mudando átomos a todo momento. E a atração destes novos conjuntos
de átomos depende da Lei de Afinidade – os desejos do homem atraindo para a sua
habitação corpórea unicamente as partículas que estão em relação com eles, ou
melhor, dando-lhes as suas próprias tendências e colorações. . . .
O que é que o aspirante da Yoga
Vidya[9]
está empenhado senão obter Mukti[10]
através de transferir, gradualmente, seu ser, do mais grosseiro corpo ao mais
etéreo, até que todos os véus de Maya[11]
sejam sucessivamente removidos, e Atma se torne um com Paramatma[12]? Poderá
ele supor que este grande resultado será alcançado com duas ou quarto horas de
contemplação? Porquê nas restantes vinte ou vinte e duas horas que o devoto não
se fecha no seu quarto para meditação - terá cessado o processo de emissão de
átomos e a sua substituição por outros? Se não, então como ele explica a
atração todo este tempo – somente aqueles desejados para o seu fim?Das notas acima é evidente que tal como o
corpo físico requer incessante atenção para prevenir a entrada das doenças,
também o homem interior requer uma vigilância incessante, de maneira que nenhum
pensamento, consciente ou inconsciente, possa atrair átomos indesejáveis ao seu
progresso. Isto é o significado real da contemplação. O primeiro fator na
orientação dos pensamentos é Vontade.
Quando a vontade se direciona com incessante devoção para o
conhecimento do Ser e com harmonia na ação, o aspirante é levado à pratica da
Raja Yoga.
A Raja Yoga não encoraja qualquer imitação, não requer nenhuma
postura física. Ela diz respeito ao homem interior cuja esfera se encontra no
mundo do pensamento. Ter o mais elevado ideal colocado diante de si mesmo e
esforçar-se incessantemente para alcançá-lo, é a única verdadeira concentração
reconhecida pela Filosofia Esotérica, que trata com o mundo interior do noumeno[13],
não a cobertura externa do fenômeno.
Damodar K. Mavalankar ganhou um lugar supremo na constelação
dos Teósofos ilustres do século XIX e teve o maior privilégio que pode advir a
qualquer ser humano – ter sido aceito como um chela pelos Mahatmas. H.P.Blavatsky assim prestou homenagem a D.K.Mavalankar:
“... se a Sociedade Teosófica deu
à Índia apenas um futuro Adepto (Damodar), que tem agora a possibilidade de um
dia se tornar um Mahatma, não obstante vivermos no Kali Yuga[14],
isto será prova suficiente que não foi em vão a transferência da sua sede de
Nova York, onde foi fundada, para a
Índia.
NOTAS
[1] Dharma
(Sânscrito) – A lei Sagrada; o Cânone búdista. [“O Dharma é natureza interna, caracterizada em cada homem pelo grau de
desenvolvimento adquirido e, além disso, a lei que determina o desenvolvimento
no período evolutivo que vem a seguir. Esta natureza interna, posta pelo
nascimento físico num meio favorável para seu desenvolvimento, é o que modela a
vida exterior, que se expressa a través de pensamentos, palavras e ações.
Primeiro é preciso compreender bem que o Dharma
não é uma coisa exterior, como a lei, a virtude, a religião ou a justiça; é a
lei da vida que se desdobra e modela à sua própria imagem tudo aquilo que é
exterior à mesma”. ( A. Besant, O Dharma)].
[2]
Sannyasin (Sânscrito) - [Literalmente:
“renunciador”] Asceta hindu que obteve o mais elevado conhecimento místico,
cuja mente está fixa apenas na verdade suprema e que renunciou por completo a
tudo o que é do mundo e terrestre.
[3] Chela
(Sânsc.) – Literalmente: “menino”. Discípulo de um guru (mestre ou sábio);
prosélito de algum Adepto de uma escola de filosofia. [No Oriente, também se
denomina chela o discípulo já aceito
para o estudo do Ocultismo.]
[4]
Pañcha Sila (Sânsc.) – As cinco virtudes, moralidades ou preceitos universais.
Estes cincro preceitos encontram-se incluídos na seguinte fórmula do Budismo:
“Eu observo o preceito de me abster de destruir a vida dos seres; de me abster
de roubar; de me abster de todo o comércio sexual ilícito; de me abster de
mentir; de me abster do uso de bebidas embriagantes”. (Olcott, catecismo
Búdico, 42ª. Ed.,p.40)
[5]
Tau (Hebr.) – Aquela que se tornou agora a letra quadrada hebraica tau, porém que foi, séculos antes da
invenção do alfabeto judeu, a cruz com asas egípcia, a crux ansata dos latinos e idêntica ao ankh egípcio. Este sinal pertencia exclusivamente e pertence ainda
aos Adeptos de cada país.
[6] Ashram
(Sânsc.) – Retiro, especialmente a vida do eremita no deserto.
[7]
Bodhisattva (Sânsc.) – Literalmente: “Aquele cuja essência (sattva) tornou-se inteligência (bodhi)”, aquele a quem falta apenas uma
encarnação para chegar a ser um Buddha
perfeito, isto é, para ter direito ao Nirvâna.
[8] Sanâtana
(Sânsc.) – Eterno, perpétuo, permanente. Epíteto de Brahma, Vishnu e Shiva.
[9]
Yoga vidyã (Sânsc.) – A ciência do yoga; o método prático de unir o Espírito de
alguém com o Espírito Universal.
[10]
Mukti ((Sânsc.) – Liberação da vida sensitiva. [Isenção, emancipação, liberação
dos sofrimentos da vida terrestre; liberação final, beatitude; Nirvana. Sinônimo de Moksha.]
[11]
Maya (Sânsc.) – Ilusão. O poder cósmico que torna possíveis a existência
fenomenal e as percepções da mesma. Segundo a filosofia hindu, apenas aquilo
que é imutável e eterno merece o nome de realidade; tudo aquilo que é mutável,
que está sujeito a transformações por descaimento e diferenciação e que,
portanto, tem principio e fim, é considerado como maya: ilusão.
[12]
Paramatma (Sânsc.) – A alma suprema do Universo. [O Espírito Universal ou
supremo, Deus; o Eu supremo, que é um com o Espírito Universal.]
[13]
Noumeno (Gr.) – A verdadeira natureza essencial do ser, diferente dos objetos
ilusórios dos sentidos [ou, em outros termos: a coisa, essência ou substância
desconhecida, tal como é em si mesma, oposta ao fenômeno, ou seja, a forma
através da qual se manifesta aos sentidos ou à compreensão. Assim, a faísca
elétrica é um fenômeno da eletricidade, etc.].
[14]
Kali yuga (Sânsc.) – Idade negra ou de ferro, é a atual, que começou cerca de
5.000 anos atrás, logo que Krishna foi despojado de seu corpo mortal.
Autor: Elton Hall
Tradução: Dr.Jorge M.L.Santos Ferreira
Revisão: Osmar de Carvalho
Fonte: www.theosophy.org
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