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Mensagem 155
De: "Jeronimo" Data: Seg Jan 29, 2001 6:55 pm
Assunto: O ENCURTAMENTO DA INFÂNCIA (fwd)


O ENCURTAMENTO DA INFÂNCIA



O ENCURTAMENTO DA INFÂNCIA
Escreve: Vanda Simões
E-mail: vanda@unisites.com


A menina tem apenas 10 anos. Adentra o consultório da pediatra com pose de
modelo, trajando roupa justa, tentando fazer aparecer as arredondadas formas
que apenas se insinuam, dada a sua pouca idade. Nos pés, uma bota preta,
saltos altos, apesar do calor de 30 graus. Nos lábios, um batom carmim. Na
bolsinha, junto com bugigangas próprias da idade, agenda, objetos de
maquiagem, perfumes e um celular de sua propriedade. A mãe diz que a criança
sempre foi vaidosa, que escolhe ela mesma suas roupas e adereços e que nunca
aceitou conselhos nessa parte. Rotulando os filhos de geniosos,
personalidades fortes e outros adjetivos, os pais buscam justificar com isso
sua perplexidade e incapacidade de gerir situações que fogem ao seu
controle, no complicado processo de educar os filhos.


Já foi o tempo em que a infância durava pelo menos 12 anos. Depois entrava
a adolescência, para então a criatura se tornar um adulto, com a maturidade
que a condição exige. Vestidos com babados, lacinhos no cabelo, rostinho
angelical e casinhas de bonecas são coisas do passado. A edição 1673 da
Revista Veja trouxe matéria sobre a precocidade das meninas, de 7 a 12 anos,
fenômeno que parece ainda não ter despertado a preocupação de pais e
educadores, dada a normalidade com que a coisa é vista e até estimulada. São
meninas ainda, mas vestem-se como adultas e naturalmente tentam comportar-se
como as tais. Até os festejos dos aniversários mudaram. Mesas com guloseimas
e palhaços? Só para "pirralhos". A onda são as boates, DJ, balanços,
jantares etc. Os modelitos usados são os das adultas, em miniatura. As
sandálias têm saltos e às vezes bem altos, para desespero dos pediatras e
ortopedistas. O celular tornou-se peça quase obrigatória. Quem não tem
atormenta os pais até conseguir. !
Alguns nem precisam tanto, pois os generosos genitores os presenteiam com
o que consideram "uma grande necessidade".


O mercado de consumo, maior interessado na doidice, está de olho nessa
fatia da população que consome em larga escala e encomendou pesquisa para
traçar o perfil de suas "clientes". Segundo a referida matéria, 80

das
meninas usam maquiagem, 73 pintam as unhas e 87 fazem uso de perfume. Além
disso, frequentam academias e salões de beleza, mudando a cor dos cabelos,
fazendo depilações etc. E sem falar das boates com festinhas para esses
pequenos adultos, que sempre terminam "cedo demais" (à meia-noite). Não se
pode esquecer que é uma geração que vem recebendo estímulos erotizantes
continuamente, quer seja através da televisão com suas programações
medíocres, quer seja na música de péssima qualidade existente no mercado,
quer seja nas vitrines das lojas, ou mesmo em casa, convivendo com situações
pouco edificantes e nada cautelosas dos pais.


Sonhar ser gente grande faz parte do amadurecimento de toda criança. Usar
roupa dos pais, calçar os sapatos de saltos altos da mãe faz parte da
lembrança de todos os que tiveram infâncias normais. Porém, o que se
constitui em motivo de preocupação é que esse fato não é mais uma fantasia
da infância. Constitui-se em realidade e transforma-se em um fenômeno do
comportamento humano que deve ser analisado com mais cuidado. Sabe-se que
atualmente as meninas apresentam a primeira menstruação mais cedo que há cem
anos. As mudanças e o crescimento têm se acelerado por razões que a ciência
tem tentado explicar e não consegue. As hipóteses são variadas. Mas não se
pode tudo explicar com a teoria de que hoje tudo é diferente. É diferente
por quê? Há que se encontrar uma razão para o fato de que hoje as crianças
exigem e os pais obedecem seus caprichos. Os homens mudam, a sociedade muda.
Mas as mudanças deveriam se constituir em melhorias, em alterar a natureza
imperfeita do homem e seus !
costumes e não o contrário.


O encurtamento da infância representa um enorme prejuízo ao Espírito. A
infância é o período em que ele se encontra acessível às impressões que
recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir
os que estão encarregados de sua educação. É uma fase de repouso ao Espírito
imortal, com suas experiências seculares de vida. É uma necessidade natural,
onde ele vai aprender novas coisas, corrigir hábitos ruins, moldar
caracteres de sua personalidade nem sempre bons. É um período muito especial
e que deve ser encarado com todo cuidado e responsabilidade por parte de
quem recebeu de Deus a tarefa de cuidar da criança. Os Espíritos superiores
instruem em O Livros dos Espíritos, questão 385, que: "A debilidade dos
primeiros anos os tornam flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência
e daqueles que devem fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu
caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou
aos pais, missão sagrada p!
ela qual terão de responder".


Os pais e educadores carecem, portanto, instruir-se para instruir. E não
estamos falando da educação formal apenas, mas, e principalmente, da
educação moral, essencial para o Espírito. Embora o mundo atual imponha seus
valores às famílias porta a dentro, os pais necessitam funcionar como
guardiães de seus filhos, educando dentro de um sentido ético, sustentados
na superior filosofia da moral de Jesus, ou seja, fazer aos outros o que
quer para si. Combater o mal, eis a tarefa. E por mal, entendamos as mazelas
que existem dentro de cada uma das individualidades que se recebe como
filho. Egoísmo, orgulho e vaidade são doenças do Espírito que precisam ser
extirpadas e não estimuladas como atualmente se faz. Significa dizer que se
uma criança anseia ter um comportamento inadequado só para se igualar à
maioria, os pais têm de ter a maturidade de coibir de uma forma ou de outra.
Não faz sentido os pais renderem-se à "autoridade" da criança. As tendências
de comportamento não podem se!
configurar como simples modismos. Devem ser vistas com cuidado,
discutidas e analisadas suas consequências pelos pais, afinal a criança não
têm condições para gerir sua própria vida.


A vida é dinâmica, tem um curso e apresenta etapas que devem ser
cumpridas. É importante e faz parte da evolução de cada um viver a vida
intrauterina, lactância, infância, adolescência, jovem, adulto, maturidade e
senectude. Pular uma dessas etapas traz prejuízos sem dúvida, mas a mais
grave delas é a anulação ou encurtamento da infância, fase de estruturação
do Espírito para uma nova vida terrena, na qual ele vai acumular
experiências, boas ou más, para a eternidade. Perdendo-se a oportunidade de
instruir o Espírito nessa fase, pode-se colocar a perder toda aquela
existência. Uma criança que aos 5 ou 7 anos decide o que fazer da vida, não
começou a ser assim naquela idade. Desde cedo deu mostras de sua natureza,
do tipo de sua índole e não foi visto com o cuidado devido para ser
corrigido a tempo.


O móvel de todo esse destrambelho, sem dúvida, está na forma como o homem
encara a existência. Tendo a ilusão de que a vida se resume entre o nascer e
o morrer não valoriza a oportunidade que tem, como deveria. Enquanto estiver
envolvido com a idéia de que a alma nasce com o corpo, vai permanecer no
pensamento de que não pode fazer muita coisa quando determinada
individualidade dá mostras de suas más tendências. O ditado "pau que nasce
torto, morre torto" torna-se mentira quando muda-se o ponto de vista e
passa-se a viver com a certeza da anterioridade da alma. A partir daí, o
homem encara seus filhos, não mais como posses suas, ou como problemas, mas
como uma criatura de Deus que precisa de rumos certos na estrada da vida.
Enfrenta a tarefa da educação dessas criaturas como uma missão a cumprir e
considera a família e suas relações, como o maior e mais importante
laboratório de aprimoramento para seu Espírito. Nisso reside o iniciar-se na
sabedoria.





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