AS MÔNADAS,
Veículos de
Manifestação
Mario J. B. Oliveira MST.
O CAMPO DA EVOLUÇÃO
Podemos chamar de campo de evolução
ao universo material no qual a evolução se desenvolve. Espírito e Matéria não
são, na realidade, existências separadas e distintas, mas, antes, pólos opostos
de um número. Porém, vamos analisa-los separadamente.
Em
nosso Sistema Solar, o Campo de Evolução compõe-se de Sete Planetas, ou mundos,
que podem ser divididos em três Grupos: 1) o Campo onde há apenas a
manifestação lógica; 2) o campo de evolução Supranormal; 3) o campo de evolução
normal Humana, Animal, Vegetal, Mineral e Elemental.
Diagrama I. OS CAMPOS DE
EVOLUÇÃO.
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Número
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Nome e Planos
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Bolhas num Átomo
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Campo de Evolução
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Grupo
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Série
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Sânscrito
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Português
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I
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1
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Adi
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(a)
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1
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1
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Logóico
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2
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Anupadaka
|
(b)
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49
|
49
|
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II
|
3
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Âtman
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Espírito
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492
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2.401
|
Supranormal
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4
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Buddhi
|
Intuição
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493
|
117.649
|
Humanos, isto é “Iniciados”.
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III
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5
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Manas
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Mente
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494
|
5.764.801
|
Humanos normal,
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6
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Kâma – Astral
|
Evolução
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495
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282.475.249
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Entidades Animais,
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7
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Sthûla – Físico
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Atividade Física
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496
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13.841.287.201
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Vegetais e Elementais
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(a) Não há equivalente em português:
literalmente, “Adi” significa “Primeiro”.
(b) Não há equivalente em português:
Anupadaka, literalmente, significa “sem vestidura”.
O plano Adi e o Anupadaka, são planos que podem ser concebidos como existentes
antes, da formação do Sistema Solar. Poderemos imaginar o Plano Adi composto de
matéria do espaço, simbolizado por Pontos, diagrama acima, enquanto o Logos
delimita a forma da base material do sistema que Ele está para produzir.
O plano Anupadaka,
simbolizado por linhas, diagrama acima, pode ser imaginado como sendo composto
dessa mesma matéria, modificada ou colorida pela vida individual do Logos, ou
seja, sua consciência que penetra todas as coisas definindo este plano do
correspondente em outro sistema Solar.
Podemos demostrar a tríplice
manifestação da consciência do Logos e o outro a tríplice modificação da
matéria, correspondente a tríplice modificação da consciência.
Diagrama
II Manifestação da Consciência do Logos.
Considerando de inicio a manifestação da
consciência, uma vez que o lugar do universo foi demarcado, diagrama II: 1) o
Próprio Logos aparece como um Ponto dentro da Esfera; 2) o Logos avança desse
Ponto em três direções até a circunferência ou circulo de Matéria; 3) a
Consciência do Logos retorna a Si mesma manifestando, a cada Ponto de contato
com o Circulo, um dos três aspectos fundamentais da Consciência, conhecidos
como Vontade, Sabedoria e Atividade ou por outros termos. A união desses três
aspectos ou fase de manifestação, em seus pontos de contatos com o Circulo,
resulta no Triângulo Básico de contato com a Matéria. Esse Triângulo, junto com
os três Triângulos formados pelas linhas traçadas pelo Ponto, produz a
“Tretrade Divina”, às vezes chamada Quaternário Cósmico.
Observando agora as modificações havidas na matéria
universal, correspondendo às manifestações da Consciência, temos, na esfera da
Substância Primordial, a matéria virgem do Espaço. Diagrama III 1) o Logos o
aparece como um Ponto irradiando a esfera da Matéria; 2) o ponto que vibra
entre o centro e a circunferência, formando assim a linha que marca a separação
do Espírito e da Matéria; 3) o Ponto, com a linha que gira com Ele, vibrando em
ângulos retos com a vibração precedente, formando a Cruz primordial dentro do
Círculo.
Diagrama III A Resposta da
Matéria.
Diz-se, assim que a Cruz “procede” do Pai (o Ponto) e do
filho (o Diâmetro) e representa o
Terceiro Logos, a Mente Criadora, a Atividade divina, pronta a manifestar-se
como Criador.
O ADVENTO DAS MÔNADA
A origem das Mônadas ou unidades de consciência,
para cuja evolução na matéria o campo de um universo é preparado.
Essas inumeráveis unidades, que devem ser desenvolvidas
no universo a existir, são geradas dentro da vida divina, antes que o campo de sua evolução seja formado. Desse advento
escreve-se: “Isto está determinado: Eu multiplicarei e nascerei”: assim os
Muitos surgem do UM por um ato de vontade. O ato de vontade é do Primeiro
Logos, o Senhor indiviso, o Pai.
As Mônadas são descritas como fagulhas do Fogo
Supremo, como “Fragmentos Divinos”. O Catecismo Oculto, citado em A Doutrina
Secreta diz: “Ergue tua cabeça, ó Lanu; vês uma ou incontáveis luzes acima de
ti, ardendo no céu escuro da meia-noite? ‘Distingo uma chama, ó Guradeve; vejo
inumeráveis fagulhas aglomeradas brilhando ali”. A Chama é Ishvara, em Sua
manifestação como o Primeiro Logos; as fagulhas aglomeradas são as Mônadas,
humanas e outras. A palavra “aglomeradas” deve ser notada especialmente, como
significado que as Mônadas são o
Próprio Logos.
Uma Mônada pode assim ser definida com um fragmento
da vida divina, separada como entidade individual pela mais sutil película de
matéria; matéria tão rarefeita que, enquanto dá forma separada a cada uma delas
não oferece obstáculo à livre intercomunicação de uma vida, assim encaixada,
com as vidas similares que a circundam.
A Mônada não é então pura consciência, puro Ser. É uma abstração. No universo
concreto sempre há o Eu e seus envoltórios, por mais tênue que eles possam ser,
de forma que uma unidade de consciência é inseparável da matéria. É por isso
que a Mônada é consciência mais matéria.
Como a vida das Mônadas provém do Primeiro Logos,
podemos descrevê-las como Filhos do Pai, tal como o Segundo Logos é também o
Filho do Pai. As Mônadas, porém, são Filhos mais moços, sem qualquer dos
divinos poderes que as capacite a agir em matéria mais densa do que a de seu
próprio plano – o Anupadaka; enquanto o Segundo Logos, que tem eras de evolução
atrás de Si, está pronto para exercer Seus poderes divinos como “o primogênito
entre muitos irmãos”.
Embora as raízes de sua vida estejam no plano Adi,
as próprias Mônadas habitam o plano Anupadaka, todavia não possuem veículos
através dos quais possam se expressar, à espera do dia da “manifestação dos
Filhos de Deus”. Neste plano permanecem, enquanto o Terceiro Logos inicia o
trabalho externo de manifestação, modelando a matéria do universo objetivo.
O diagrama IV mostra as Mônadas à espera, em
seu próprio plano, enquanto o mundo em que se devem desenvolver está sendo
preparado.
Essas unidades de Consciência conhecidas como
Mônadas são descritas como os Filhos, que vivendo desde o início da era
criadora “no seio do Pai” ainda não se “tornaram perfeitos através do
sofrimento”. Cada uma delas é, verdadeiramente, “igual ao Pai no que se refere
à sua Divindade, mas inferior ao Pai no que se refere à sua humanidade”. De uma
condição estática, envolvendo todas as potencialidades divinas, elas devem se
tornar dinâmicas, desdobrando todos os poderes divinos.
Embora oniscientes e onipresentes em seu próprio
plano – Anupadaka – elas são inconscientes, “insensíveis” em todos os outros.
Como as Mônadas derivam seu ser do Primeiro Logos, a
vontade Deste de manifestar-se é também a vontade delas. Daí que todo o
processo de evolução individual do “Eu” é uma atividade escolhida pelas
próprias Mônadas.
Esse impulso divino, eternamente lutando pela
manifestação integral da vida, é perceptível em toda a natureza e tem sido
amiúde descrito como Vontade-de-viver. Essa Vontade aparece na semente, que
empurra seu broto em direção da luz, no botão rompendo sua prisão e
expandindo-se ao Sol.
A FORMAÇÃO DOS
CINCO PLANOS.
O processo criador. O Terceiro Logos, a Mente
Universal, trabalha sobre a matéria do espaço – Mûlaprakriti, a celestial
Virgem Maria – age sobre sua três qualidades de Tamas (Inércia), Tajas
(Mobilidade) e Sattva (Ritmo), passando-as do equilíbrio estável para um
equilíbrio instável; colocando-as, portanto, em contínua movimentação umas em
relação às outras.
O Terceiro Logos cria, assim, os átomos dos cinco
planos inferiores – Âtman, Buddhi, Manas, Kâma (Astral) e Sthûla (Físico):
“Fohat eletrifica-os para a vida e separa a substância primordial, ou matéria
pregenética, em átomos”.
(1)
A
fixação do limite dentro do qual a vida do Logos deve vibrar; isso é conhecido
como “medida divina”, ou Tanmâtra, cujo significado literal é “a medida
Daquilo”, sendo “Aquilo” o Espírito divino.
(2)
O
estabelecimento dos eixos de crescimento do átomo, as linhas que determinarão
seu contorno: ela correspondem aos eixos dos cristais.
(3)
Pela
intensidade da vibração e da relação angular dos eixos entre si, determina-se a
superfície ou parede do átomo.
Sob a atividade diretora do Terceiro Logos, os átomos de
cada plano despertam para novos poderes e possibilidades de atração e repulsão,
de forma que possam se agregar em moléculas, que passam de simples a mais
complexa, até que, em cada um dos cinco planos, seis Subplanos inferiores sejam
formados, somando ao todo sete Subplanos em cada plano.
As correntes giratórias dos átomos, conhecidas como
espirilos não são feitas pelo
Terceiro Logos, mas pelas Mônadas. Os espirilos se desenvolvem em inteira
atividade durante o curso da evolução , normalmente em cada Ronda.
Diagrama V A Formação dos Cinco Planos Inferiores. Ele
ilustra esse trabalho do Terceiro
Logos ou Primeira Emanação.
OS REINOS DA VIDA.
Proveniente
do Segundo Logos ou Segunda Pessoa da Trindade, a segunda grande Onda-de-vida
divina desce para a matéria vivificada pelo Terceiro Logos: isto é
habitualmente conhecido como Segunda Emanação. Assim , a Segunda Pessoa da
Trindade toma forma não apenas com a matéria “virgem”, improdutiva, mas como a
matéria já animada pela vida da Terceira Pessoa, de forma que ambas, vida e
matéria, cobrem-Na como se fossem uma vestimenta. Portanto, é exata a afirmação
que diz que a Segunda Pessoa “encarnou do Espírito Santo e da Virgem Maria”;
esse é o verdadeiro significado dessa importante passagem do credo cristão.
Lenta e gradualmente este irresistível fluxo de vida
desce através dos vários planos e reinos, permanecendo em cada um deles por um
período de duração igual ao da encarnação completa de uma cadeia planetária,
que abrange milhões de anos. (NOTA: uma cadeia planetária consta de sete globos
de matéria, em vários graus, ao redor dos quais o fluxo de vidas em evolução
passa sete vezes completas.)
Diagrama
VI As Sete Cadeias Planetárias.
Quando a Emanação, ou Onda-de-vida Divina – que em alguma era anterior
terminou sua evolução descendente através do plano Búddhico -, flui para o
nível mais alto do plano mental, anima grandes massas de matéria mental atômica.
Nessas condições mais simples, não combina os átomos em moléculas a fim de
formar um corpo para si própria, mas simplesmente aplica, pela sua atração,
imensa força compressora sobre eles.
A INDIVIDUALIDADE DAS MÔNADAS.
Quando está no reino mineral, a vida, às vezes, é
chamada “Mônada mineral”, tal como em estágios posteriores será chamada “Mônada
vegetal” e “Mônada animal. Contudo, esses títulos são causadores de equívocos,
porque parecem sugerir que uma grande Mônada anima todo o reino, o que não é o
caso, já que mesmo quando a essência monádica surge pela primeira vez entre
nós, como Primeiro Reino Elemental, não é uma só Mônada, mas muitíssimas
Mônadas: não é uma grande fluxo de vida, mas muitos fluxos paralelos, cada qual
possuindo características próprias.
Quando a Emanação alcança o ponto central do reino
mineral, a pressão descendente cessa e é substituída por uma tendência
ascendente. A “exalação” parou e a “Inalação” ou absorção começou.
Todo o plano tende, cada vez mais, para a
diferenciação e os fluxos, descendo de reino para reino, vão se dividindo e
subdividindo mais e mais. O processo de subdivisão continua até que – ao fim do
primeiro grande estágio de evolução – seja finalmente dividido em
individualidades, isto é, em homens, cada homem sendo uma alma distinta e
separada, embora tal alma seja, de início e como é natural, sem
desenvolvimento.
As matérias preparadas pelo Terceiro Logos são
compostas pelo Segundo Logos em fios e tecidos com os quais serão feitas as
futuras roupas, isto é, os corpos.
Assim o Segundo Logos “tece” vários tipos de pano, isto
é, de matéria com a qual mais tarde serão feitos os corpos caudal e mental dos
homens. Do tecido de matéria astral, ou substância de desejo, serão feitos
posteriormente os corpos astrais dos homens.
Toda essa movimentação descende da Onda-de-vida
através dos planos, dando qualidades aos vários graus de matéria, é uma
preparativo para a evolução e é com freqüência e mais apropriadamente chamada Involução.
Depois de atingir o mais baixo estágio de imersão na
matéria, tanto a Primeira como a Segunda Emanação voltam-se para cima e começam
sua longa ascensão através dos planos: essa é a evolução propriamente dita.
O Diagrama IV é uma tentativa de ilustrar
graficamente a Primeira Emanação procedente do Terceiro Logos e que forma a
matéria dos cinco planos inferiores, e a Segunda Emanação, que ao tomar a
matéria vivificada pelo Terceiro Logos, Modela e anima essa matéria a fim de
produzir os três Reinos Elementais e o Reino Mineral, assim como na devida
sucessão os reinos vegetal e animal.
Está também indicada no diagrama a Terceira
Emanação, vinda do Primeiro Logos, Emanação da qual resulta a formação de
entidades individuais, ou seres humanos.
Observe
o diagrama IV, ele representa a posição exata de cada reino. Assim, o mineral,
em toda a sua amplitude, apareceu na parte mais densa do plano físico,
mostrando que a vida ali, tal como existe, tem completo controle sobre a
matéria física. Porém, ao subir através dos Subplanos etéricos, a faixa
torna-se cada vez mais estreita, indicando que o controle sobre a matéria
etérica ainda não está perfeitamente desenvolvido.
O pequeno ponto que penetra no plano astral indica
que um pouco de consciência trabalha através da matéria astral. Essa
consciência é o inicio do desejo, expressa no reino mineral como afinidade
química, etc.
A faixa que representa o reino vegetal tem toda a
sua amplitude no plano físico, tanto no denso como no etéreo. Naturalmente, a
porção que representa a consciência astral é muito maior, porque o desejo está
mais desenvolvido no reino vegetal do que no reino animal.
No reino animal a faixa mostra que há completo
desenvolvimento no Subplano astral inferior, revelando que o animal é capaz de
experimentar plenamente os desejos mais baixos; mas o estreitamento da faixa
através dos Subplanos mais altos revela que sua capacidade para desejos
superiores é muito limitada. Apesar disso, em casos excepcionais, é possível
que ele manifeste uma qualidade altíssima de afeição e devoção.
A faixa que representa o animal mostra também a
existência do desenvolvimento da inteligência, que necessita de matéria mental
para se expressar. De modo geral, admite-se agora que alguns animais – tanto
domésticos como selvagens – possuem, indubitavelmente, o poder de raciocínio
entre causa e efeito, embora as linhas sobre as quais sua razão possa funcionar
sejam, naturalmente, poucas e limitadas, não sendo ainda faculdade poderosa.
A faixa representando o reino humano atinge em toda
a largura o nível mais baixo do plano mental; isso indica que, até esse nível,
sua faculdade de raciocínio está completamente desenvolvida. Nas subdivisões
mais altas do plano mental inferior, a faculdade da razão ainda não se
desenvolveu completamente, conforme indica o estreitamento da faixa.
Contudo, um fator inteiramente novo introduziu-se
pelo ponto no plano mental, ou no plano causal, porque o homem possui um corpo
causal e um Ego permanente, que reencarna.
Na grande maioria dos homens a consciência não vai
além do terceiro Subplano aos poucos, à medida que seu desenvolvimento
continua, o Ego é capaz de elevar sua consciência até o segundo ou o primeiro
dos Subplanos mentais.
A faixa da extrema direita representa um homem muito
mais adiantado do que o homem comum. Aqui temos a consciência de um homem
altamente espiritualizado, cuja consciência evoluiu além da do corpo causal, de
forma que pode funcionar livremente no plano Búdhico, e também tem consciência
– pelo menos quando fora do corpo – no plano Âtman.
Podemos notar que o centro da sua consciência, indicado
pela parte mais larga da faixa, não está, como no caso da maioria dos homens,
nos planos físico e astral, mas entre o plano mental superior e o plano
Búdhico. O mental superior e o astral superior são muito mais desenvolvidos do
que suas partes inferiores, e embora ainda retenha seu corpo físico, tal corpo
é indicado apenas por um ponto, explicando que o mantém somente por
conveniência de trabalhar nele, e de forma alguma porque seus pensamentos e
desejos estejam ali fixados. Tal homem transcendeu todo o carma que poderia
vinculá-lo à encarnação, de forma que aceita os veículos inferiores apenas
para, através deles, poder trabalhar pelo bem da humanidade e emitir, para
esses níveis, forças que de outra maneira não poderiam descer até ali.
É importante observar que o processo Evolutivo, que dá expressão à
consciência Involutiva, deve começar
pelos contatos recebidos pelo seu veiculo mais externo, isto é, deve começar pelo plano físico. A consciência só
pode tomar conhecimento do exterior através de impactos sobre seu próprio
exterior. Até então ela sonha dentro de si mesma, pois os ligeiros frêmitos,
que estão constantemente manando da Mônada, causam leve pressão no Jivatma
(Âtman-Buddhi-Manas), tal como uma nascente de água, sob a terra, procurando
uma saída.
Diagrama V O Ciclo do Renascimento.