Vida Diária Como Prática Espiritual
*Ravi Ravindra
[Baseado em uma palestra apresentada na
convenção internacional em Adyar, em dezembro de 1997, e publicada no Theosophist,
May 1998]
Minha visão de prática
espiritual na vida diária foi bem testada durante os últimos três dias. Há
três dias atrás eu desembarquei em Delhi, mas minha bagagem ainda não chegou.
Assim esta é uma boa ocasião para praticar o que eu estou a ponto de dizer, e
lhes falar que é muito importante pensar em coisas espirituais quando a
pessoa está neste tipo de situação cotidiana.
Sempre são as
verdades profundas que constituem realmente a linha mestra da sanidade; caso
contrário a trivialidade da vida quotidiana ordinária pode submergir alguém
completamente. De fato, nossa alma quase é consumida pela fome se nós não
voltamos a essas verdades. Se eu não tiver pensado ou lido acerca de uma
grande idéia num prazo de vinte e quatro horas, eu começo a sentir como se
tivesse sido privado de algo, literalmente como se eu tivesse fome. Não há
dúvida de que cada um de nós tem uma freqüência na qual precisamos alimentar
o espírito.
Durante os últimos três dias eu tive vários momentos para perguntar a
Krishna o que ele realmente faria na situação em que me encontro agora. É fácil
para ele dizer coisas grandes, e é necessário para nós ouvir coisas grandes,
mas o que na verdade faria ele? Comecemos com uma observação do terceiro
capítulo do Bhagavad Gita (3.30):
Renunciando a
todas as ações por mim, e estando atento de seu eu profundo, sem
expectativa, sem egoísmo, luta sem agitação.
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Agora, como
você luta com a burocracia de Air Canadá a 1200 milhas sem agitação, eu
gostaria de perguntar para Krishna? Tenha em mente este problema porque as
idéias de Krishna são profundas, mas é necessário pô-las em prática. E se nós
não entendemos que elas não são fáceis de pôr em prática, então nós não
seremos práticos em relação a elas. Podemos recitar as idéias, mas como nós
as vivemos?
Em primeiro
lugar, cada um possui nosso próprio Krishna. Seria uma vergonha se nós
pensássemos sobre Krishna como algum tipo de Deus sectário a quem precisamos
obedecer. Às vezes os devotos têm esta tendência, e eles o tornam um deus
entre outros deuses. Mas qualquer pessoa que leu o Bhagavad Gita com cuidado
e, aqui não é reverência excessiva, mas uma tensão jovial para com Krishna,
sabe que Krishna não é algum ser lá fora. Ele mesmo estabelece, "repouso
no coração de todos".
Krishna é
realmente nossa atração mais profunda. Krishna é aquilo que impulsiona ou
atrai alguém. Cada de nós tem um sentimento que há uma razão para nossa
existência. Ela não é nenhum acidente. Se nós não pensamos, pelo menos
ocasionalmente, nesta razão tentando descobrir como nos relacionamos a ela,
então nós não estamos vivendo com nosso Krishna. Podemos ter algum Krishna lá
fora em algum templo, mas é só uma figura, um ídolo.
Assim o que é
meu Krishna? A quem eu deveria estar renunciando a todas as minhas ações
diárias? Cada um de nós tem uma vida diária; e para alguns de nós que perde a
bagagem é algo praticamente diário porque nós somos condenados a viajar tanto
que isto acontece freqüentemente. Mas no meio de tudo isso, ocasionalmente temos
que considerar quem é o Krishna a quem todas as nossas ações devem ser
dedicadas ou renunciadas. Respondendo àquela pergunta, há muita ajuda na
próxima frase: “estando atento de seu ser profundo". Estar atento
ao nosso mais ser mais recôndito é um
modo para atender ao propósito de nosso Krishna.
Qual é nosso
ser mais profundo? Esta pergunta também não é tão fácil. É fácil de verificar
o que é o ego mundano e superficial do indivíduo. Quase constantemente a pessoa
está fantasiando sobre o que aconteceu no passado, ou o que deveria ter
acontecido, ou o que acontecerá no futuro. Tal fantasia realmente pertence à
vida ordinária das pessoas. E isto é assim até mesmo nos monastérios. Aqueles
entre vocês que podem ter um desejo de se tornar um asceta e escapar do mundo
deveria experimentar viver uma semana ou duas em um monastério, qualquer
monastério--budista, cristão, ou hindu. Os hindus são os mais fáceis, mas
vocês podem ir a qualquer monastério, mesmo os monastérios da
pré-contrareforma na Europa.
A vida diária
em monastérios é praticamente igual àquela fora deles. E assim era até mesmo
na presença do próprio Jesus Cristo. Informam-nos os evangelhos que os
discípulos se preocupavam se eles iam se sentar no lado da mão direita dele
ou ao lado esquerdo quando eles entrassem no céu. Este é o tipo de
preocupação que ocupa nossa vida diária: competitividade e preocupação sobre
o que eu ganhei ou o que eu perdi. Será que minha aparência esta boa hoje?
Estou sendo bem visto? Essa é a preocupação de nossa vida diária, e esta vida
diária vai conosco onde quer que nós estejamos. Minha filha me contou um
provérbio da República Africana Ocidental de Mali: “Onde quer que eu vá, lá
eu estou”. A pessoa sempre leva a si mesma a todos os lugares.
Assim,
periodicamente no meio destas atividades diárias a pessoa precisa pensar em
Krishna, renunciando a estas atividades por ele. Caso contrário,
essencialmente o que se está fazendo é tentar sempre organizar a vida da
pessoa de forma que ela esteja sempre por cima. Por exemplo, falando na
primeira pessoa, eu presumo que as galáxias girarão de um certo modo que cedo
ou tarde isso levará o Ravindra a estar no topo, será um vencedor, um
simpático companheiro que todo mundo admira. Portanto, renunciar a tudo isso,
pelo menos ocasionalmente, em favor de Krishna, requer em primeiro lugar
estar atento a conformação interna de si mesmo.
Qual é a
maneira pela qual minha vida é de fato vivida? Quase não importa que
convicção religiosa tem a pessoa ou quais os dogmas aos quais a pessoa
subscreve. Se você olha o talão de cheque de alguém e sua agenda, você sabe a
qual a religião ela realmente pertence. Tudo mais é só teoria. No Bhagavad
Gita Krishna é questionado: “Como se senta uma pessoa de grande sabedoria,
como ele se acomoda"? Nossas ações ordinárias na vida diária realmente
constituem o núcleo da questão. E seria um engano imaginar que aquela vida
quotidiana é um meio para algo extraordinário. A vida diária é uma prática. A
vida diária também é a meta de toda a vida espiritual, ao invés de se viver
em alguma caverna nos Himalaias. Se uma pessoa não pode praticar esta
sabedoria perene na feira, quando a nossa bagagem está perdida e ninguém sabe
onde encontrá-la, a pessoa não pode praticá-la realmente. Não é fácil
fazê-lo, mas não há nenhuma outra prática.
O mandamento de
Krishna é de que nós deveríamos “lutar sem agitação". Em outra passagem
no Mahabharata, Krishna diz que não há nenhuma escolha real entre a luta e a
ausência de luta. Ele diz que a escolha é realmente apenas entre um e outro
tipo de luta ou luta em outros níveis. Isto se assemelha à observação de São
Paulo em uma das epístolas, que nós não só temos nossas lutas como seres
humanos, mas com principados, com poderes, com potestades, e assim
sucessivamente.
Há graus
diferentes e tipos de luta quer seja a luta para recobrar a bagagem da Air
Canadá ou a luta que acontece na mente da pessoa, especialmente quando há
mosquitos à volta, ou quando se tem fome ou sede. Cada um de nós está tão
ocupado com pequenas mordidas de pulga que nos esquecemos da própria razão de
ser pela qual estamos aqui. Até mesmo o grande Buddha, depois de tantas
encarnações pelas quais ele estava para se tornar o Buddha, teve enormes
lutas. Para estar seguro, o Buddha teve que lutar com grandes demônios, mesmo
que em nossas vidas só haja mosquitos, porque nós temos apenas pequenos
demônios que se preocupam conosco. Semelhantemente, Jesus Cristo teve as
lutas dele com o grande Diabo: tentações no deserto. As forças adversárias
realmente quase se igualam à qualidade e à força do nosso esforço. Porém,
também há forças que nos ajudam.
Muito de nossa
vida é essencialmente um jogo de forças dentro de nossa psique, e estas
forças seguem tanto para cima e para baixo. Naturalmente nem sempre pensamos
negativamente sobre a vida diária, porque quando a pessoa está apaixonada,
não parece haver nada de errado com vida diária, que se mostra perfeitamente
justa. Negatividade é então uma indicação do que está errado com nossa vida
diária habitual. É uma falta de paixão, falta de intensidade, falta de
compromisso, e então uma conseqüente estagnação que nós associamos com uma
vida monótona. Se a pessoa [só] come, dorme, e procria, então há um certo tipo de
estagnação na vida. E é disto que a pessoa deseja escapar.
Também há uma
vida de liberdade que não está ocupada com recompensa ou castigo, e em qual
eu não faço algo só porque isto me promove de algum modo. Ao invés disto a
pessoa faz algo pela sua pura alegria. Todos os grandes cientistas, filósofos,
escritores, poetas e artistas, em seus melhores momentos fazem o seu trabalho
porque eles o consideram extasiantemente belo É quase como se as suas vidas
não estivessem completas sem fazer estas coisas.
É somente então
que alguém pode afirmar que se está vivendo uma vida espiritual. Uma vida
espiritual é qualquer coisa que nos ajuda entender nosso próprio Krishna. Uma
vida espiritual é aquela pela qual nós intuímos, mesmo vagamente, que há uma
razão para nossa existência e que não é meramente acidental e em qual esta
intuição toma forma cada vez mais concreta em nossas vidas.
Porém, a vida
espiritual também tem uma certa verticalidade em si. Não é meramente pela
mudança de impressões ou países, não é sequer nem mesmo simplesmente uma
mudança de escala, embora esta também auxilie muito. Por exemplo, só para
lembrar-nos de fatos ordinários, todos os anos mais de 120 milhões de seres
humanos morrem. Eu não estou pensando em qualquer grande guerra, pestilência
ou escassez, nada dramático. Nesta vida diária bastante monótona, pessoas
como você e eu, com seus filhos e netos, com suas esperanças, medos e
ambições, cerca de 120 milhões de nós desaparecem. Até mesmo durante estes
cinqüenta minutos se tanto que estarei tomando aqui, vários milhares de pessoas morrerão.
Para ser mais acurado, nascerá também mais que a mesma cifra, porque a
população está aumentando. Esta é uma questão de escala, não uma mudança de
nível.
A vastidão do
universo não nos dá nenhuma razão para sermos ceifados com nossa própria
auto-importância. Mas por outro lado, nós vemos que todo mundo dedica-se à
idéia de que “eu sou o centro do universo, tudo gira ao meu redor"!
Parte do significado de uma vida sagrada ou espiritual é o abandono desta
idéia. Isto não é tão fácil, porque quando eu percebo que não sou o centro do
universo, torno-me imediatamente ansioso: “Que significando têm minha vida?" Ou se eu penso que eu sou o centro do universo, então torno-me
muito ansioso. Ansiedade realmente é uma lei da existência de cada ser humano,
pelo menos em nosso nível. Se Descartes estivesse procurando uma verdade que
é mais universal do que o "eu penso, logo existo” ele deveria ter dito,
"fico preocupado, logo existo". É mais ou menos a situação
psicológica de todos a maior parte do tempo.
Não obstante,
eu tenho um lugar, eu tenho um propósito para minha existência, e eu tenho
que cumprir minha responsabilidade. Conhecer-se é primariamente entender como
as energias da pessoa, incluindo-se o tempo e recursos do indivíduo, estão
sendo gastas. Enquanto isso, como Krishna reivindica, ele repousa no coração
de todos. Até mesmo nos corações dos empregados de Air Canadá que não
conseguem enviar a bagagem diretamente; até mesmo eles, lá embaixo, estão
representando Krishna. No meio de toda a superficialidade da vida e suas
pequenas mordidas de pulga, lá no fundo há uma razão para minha existência. E
Krishna repousa ali, em algum lugar, me fazendo lembrar disto.
Todos nós temos
uma contradição localizada bem no centro de nossos corações. Por um
lado, nós estamos almejando a Luz, nós desejamos nos banhar na Verdade. Mas
por outro lado, nós dizemos, “Bem, na verdade. . . deixa pra lá, amanhã. Hoje
talvez vá assistir um jogo de futebol ou algo do tipo". Não há nada
errado com futebol, mas muito de nossa vida é dedicado de um modo mecânico à
manutenção do status quo.
Falamos
sobre a procura da verdade, e é praticamente um clichê dizer que nós
precisamos sofrer uma profunda transformação --especialmente na Califórnia,
onde 50 por cento das conferências e seminários parecem ter a palavra
“transformação” no título. Todo o mundo quer isto, mas nós queremos ser
transformados sem a preocupação de nos modificarmos porque nós temos um
compromisso muito bem sedimentado para com o status quo. Esta é a contradição
em nós.
A procura pelo
sagrado, ou tornar a vida diária comum da pessoa em uma prática espiritual,
não requer nada muito fantasioso. Não requer nenhuma postura particular, ou
se ficar de cabeça para baixo, ou comer requeijão, ou qualquer outra coisa.
Realmente se requer uma imparcial auto-observação momento a momento. E se
você puder praticar isto mesmo que por alguns minutos, porque já será uma
coisa muito boa, será um começo modesto, mas correto.
Auto-observação
imparcial pode começar com qualquer coisa, tal como os gestos da
pessoa—lembre-se, a Krishna foi indagado: “Como uma pessoa sábia se senta,
como ela se acomoda"? Pode começar com a postura da pessoa, com o seu
tom de voz, como se comporta com seus filhos, como se porta com o gato ou
uma planta, qualquer coisa. Porque cada um de nós é como um holograma. Cada
parte de nós contém nossa história integral, assim você pode começar em
qualquer lugar. O que é requerido é uma certa imparcialidade porque, caso
contrário, no entender da própria pessoa, ela está sempre certa, ela sempre
justifica tudo. Auto-observação imparcial é assim o si ne qua non da condução
de uma vida espiritual.
Claro que a
meta é muito elevada e muito ambiciosa. Krishna nos adverte (Bhagavad Gita
7.19) que só é atingida "ao término de muitos nascimentos", assim
não precisamos nos preocupar sobre alcançar isto hoje ou amanhã. Não
obstante, a pessoa precisa começar. Então Krishna diz, “A pessoa sábia
submete-se a mim". Quando assim fazemos, nós reconhecemos que tudo que existe
é Krishna. Mas tal pessoa é rara de encontrar. O ideal é se viver sua vida, e
assim interagir com outros--outras pessoas, seres, criaturas, plantas,
animais, até mesmo os empregados da Air Canadá--reconhecendo que todos eles
são Krishna.
Um ideal assim tão
alto na verdade é perigoso se a pessoa não mantém em mente um pouco da prática
diária. Isso é o porque precisamos entender que um certo tipo de conhecimento
é esotérico, não no sentido de que alguém está escondendo isto de mim, mas
sim de que requer uma enorme soma de preparação. Toda a filosofia é perigosa
sem alguma prática que lhe acompanhe. É bom ter ideais, mas se lembre de que
ação é muito pequena, local, no dia-a-dia, aqui-e-agora.
Não há dúvida de
que nós somos manipulados por líderes, governos, e as pessoas com seus
próprios programas de trabalho. Às vezes essas agendas podem ser más, talvez
não intencionalmente, apenas inconsciente e desnecessariamente. De fato,
muito do mal no mundo é um descuido desnecessário; não que qualquer pessoa
esteja especialmente contra mim, mas elas não estão especialmente a meu
favor. Eles estão continuando o processo, como a maioria de nós faz a maior
parte do tempo.
A Prática
espiritual consiste de plena consciência, em oposto à inconsciência. Plena
ciência não deve ser entendida de um modo limitado de forma que, por exemplo,
se eu movo minha mão, eu estou atento a tal mudança. É ao invés disto viver
em sociedade e estar atento às forças na sociedade. Se há manipulação, agir
de modo coerente. Este tipo de ação social é uma coisa perfeitamente legítima
para que nos engajemos. Caso contrário, não haveria uma ocasião em que
aplicássemos o Bhagavad Gita. Isto é exatamente o que foi requisitado a
Arjuna, como Krishna disse, para estabelecer a ordem formal entre as pessoas.
Assim ele precisa se ocupar da sua batalha quer se entenda isto literalmente,
como se levar uma arma na mão, ou como uma luta pelo bem estar social e
justiça.
Os
existencialistas e cientistas não são inclinados a pensar que haja um
propósito predeterminado para nossas vidas que nós deveríamos cumprir. Eles
tendem a pensar que somos nós que criamos nossos próprios propósitos. A
convicção religiosa tradicional é a de que nós temos uma alma que precisa se
descobrir ou se redimir. O modo existencialista de pensamento é que nós não
necessariamente temos uma alma, mas sim que podemos criar uma. O termo da língua
inglesa “to realize" [realizar, compreender] é muito feliz deste ponto
de vista, porque contêm ambos esses significados. Percebermo-nos como um
espírito, quer o estejamos criando ou descobrindo, é a própria atividade que
dá significado e sentido à nossa existência.
Quando nós
vemos muita violência, nós podemos facilmente perder a coragem. Porém, Os
padres da igreja cristã sempre que falaram sobre os sete pecados capitais,
“acedia” incluída, normalmente traduzida como “indolência”, mas significando
“coração desolado”. Perder a coragem é dizer que não há nenhuma ordem no
universo, nenhuma força inteligente. Se você é religiosamente propenso, é um
modo de dizer que Deus não existe. Se a pessoa não é inclinada
religiosamente, é um modo de declarar que não há nenhuma ordem no universo.
Procurar o significado de nossa existência é parte de nosso propósito de
existência e perder aquela "esperança”, para usar a expressão cristã, é
realmente um pecado contra o Espírito Santo porque está negando algo muito
profundo, não somente nos seres humanos, mas em todo o cosmo.
O núcleo do
ensinamento do Bhagavad Gita é nishkama karma, o que significa
literalmente ação sem desejo, isto é, agir sem egoísmo, sem desejo egoísta
(ou kama). Nossa vida ordinária--eu espero que Krishna me perdoe por
dizer isto-- realmente é “nishkarma kama”, desejo sem ação. Assim, o
que eu estou dizendo sobre vida diária como prática espiritual é o mudar-se
de nishkarma kama para nishkama karma — do desejo sem ação para
a ação desprovida de desejo.
Quest Magazine, March/April, 1999
*Ravi Ravindra é
Professor de Física e ocupa a Cátedra do Departamento de Religião da
Universidade de Dalhousie, Halifax, Canadá. Seus mais recentes livros
são “Yoga and the Teaching of Krishna” (Theosophical Publishing House,
Adyar, 1998) e “Christ the Yogi: A Hindu Reflection on the Gospel of John”
(Inner Traditions, 1998).
Tradução:Osmar de Carvalho \
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