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O PODER TRANSFORMADOR
DO CRISTIANISMO PRIMITIVO

Raul Branco


3. OS ENSINAMENTOS DO CRISTIANISMO PRIMITIVO

 

Como as igrejas enfatizam mais a crença na pessoa e nos atributos de Jesus, em detrimento da mensagem que ele nos legou, uma recordação dos ensinamentos divinamente inspirados do Mestre, que revolucionaram a vida de um número incontável de pessoas, desde aquela época até os dias de hoje, é sempre estimulante e necessária. Deve ficar claro, porém, que o objetivo deste trabalho não é a apresentação sistemática de todos os ensinamentos transmitidos aos primeiros cristãos. O escopo, bem mais modesto, é identificar a essência dos ensinamentos que permitiram naquela época, e permitirão nos dias de hoje, uma modificação radical na vida de seus seguidores. Até porque, cabe lembrar, os ensinamentos internos só eram passados aos discípulos mais preparados e continuam sendo reservados. Esses ensinamentos, como revelavam segredos sobre as leis ocultas da natureza, que proporcionam poder àqueles que deles dispõem, sempre foram mantidos sob extrema reserva para a proteção do discípulo e daqueles que interagem com ele.

Jesus demonstrou e transmitiu aos seus discípulos diversos poderes, sendo o mais proeminente o de cura. O procedimento para o desenvolvimento desses poderes provavelmente estava associado aos rituais e sacramentos secretos que Jesus ministrava aos discípulos. Como eles eram secretos, muito pouco é mencionado na Bíblia a seu respeito. No entanto, no Evangelho de Felipe é feita a referência de que: ?O Senhor fez tudo num mistério, um batismo, uma crisma, uma eucaristia, uma redenção e uma câmara nupcial.?[15] Pode parecer estranho que o mais elevado ?mistério? seja referido por alguns estudiosos como o da ?câmara nupcial.? Porém, a experiência dos místicos mais avançados, como por exemplo, Teresa de Ávila e Jan van Ruysbroeck,[16] descreve a última etapa da via mística como sendo equivalente a um casamento da alma com o ?Bem Amado.?

Felizmente, parte desses ensinamentos reservados ainda está à nossa disposição nos dias de hoje. É possível ao cristão moderno obter parte desses ensinamentos, que antes eram exclusivamente reservados aos discípulos, com as chaves interpretativas adequadas, como as que serão apresentadas no decorrer desta obra.

Os rituais e sacramentos secretos de Jesus visavam, por outro lado, proporcionar uma preparação acelerada de seus discípulos para a plena realização do ministério apostólico. Ora, se na vida material quanto maior a velocidade de um veículo maior o risco de acidentes, por analogia, o mesmo deve ocorrer com a aceleração da velocidade de imersão na vida espiritual. Daí o cuidado extremado na escolha dos discípulos e a constante atenção do Mestre na preparação deles, que só foi ultimada após seu ?retorno dos mortos?. Afortunadamente, da mesma forma como existem vários caminhos levando ao topo da montanha, há várias sendas para a expansão de consciência que levam ao Reino. Os ensinamentos do cristianismo original, direcionados como eram para a vida mística, oferecem uma alternativa para a experiência de Deus e o acesso ao Reino sem os riscos inerentes ao caminho acelerado interno.

O ministério de Jesus, como entendido por seus discípulos diretos e por eles pregado às primeiras comunidades, visava a promoção de uma mudança de atitude no ser humano, redirecionando sua vida. Era chegado o momento do povo de Israel cambiar da mera obediência à Lei Mosaica para uma atitude de maior responsabilidade frente à vida que caracteriza o homem e a mulher em sua maturidade. A missão de Jesus visava despertar o povo da letargia espiritual dissimulada pelo formalismo dos rituais nas sinagogas e no Templo e da estrita obediência à Lei.

Via de regra, a criança e o jovem estão inteiramente voltados para o gozo da vida e o aproveitamento de todas as oportunidades para seu deleite, entretenimento e prazer. Sua única responsabilidade, na prática, restringe-se à obediência aos regulamentos impostos pela família e, mais tarde, pela escola e a sociedade. De forma semelhante, o povo judeu era condicionado a crer desde a infância que sua principal responsabilidade religiosa era a obediência aos 613 preceitos da Lei. Não tinha sido preparado para pensar por conta própria e, com isso, não era capaz de perceber as inúmeras ocasiões em que a obediência cega aos preceitos religiosos conflitava com o cultivo do amor ao próximo caracterizado pelo cuidado compassivo aos necessitados e sofredores, como exemplificado na parábola do bom samaritano (Lc 10:30-37). Era principalmente por isso que Jesus entrava seguidamente em choque com os sacerdotes e os escribas, os guardiões da Lei, pois o Mestre colocava prioridade na compaixão e não na mera obediência aos preceitos da Lei. Jesus procurava abrir a mente e os corações de seus ouvintes para a necessidade da adoção de uma atitude mais adulta, visando tomarem a iniciativa de construir progressivamente suas próprias vidas. Poderíamos dizer que o ideal de vida indicado pelo Mestre era que cada homem e mulher na sociedade se tornasse um mestre construtor.

Esse ideal está implícito na Bíblia. Como o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, ele deve se tornar, como Deus, um mestre construtor. Nas primeiras palavras do Antigo Testamento lemos que ?No princípio, Deus criou o céu e a terra? (Gn 1:1). No entanto, a palavra hebraica traduzida como ?Deus? era elohim, palavra plural equivalente ao termo cabalístico sephiroth que indica a coletividade dos grandes arcanjos construtores do cosmo. Ora, se a coletividade dos elohim age como prepostos construtores do Deus Supremo do Universo, eles certamente fazem seu trabalho com base no Plano Divino da criação. Poderíamos dizer, que Deus é simbolicamente o Supremo Arquiteto e Construtor do Universo.

No Novo Testamento encontramos as mesmas lições cosmológicas presentes no Velho Testamento. Assim, o modelo de construtor divino a ser seguido pelo homem é o próprio Jesus. Nos evangelhos, Jesus é apresentado como carpinteiro, seguindo a profissão de José, seu pai adotivo. A palavra traduzida como ?carpinteiro? é tekton em grego, que tem a conotação mais abrangente de construtor. Portanto, Jesus e seu pai terreno são apresentados como modelos de construtores a serem seguidos pelos homens. É interessante notar que Paulo, o principal apóstolo itinerante do Senhor, é apresentado como fabricante de tendas, também um construtor.

Como em todas as lições bíblicas, o ideal de construtor deve ser entendido como alegórico. O homem é chamado a construir seu microcosmo bem como a participar na construção do mundo maior, o macrocosmo. Sendo o homem o próprio microcosmo, ele deve passar a construir sua vida tanto em seus aspectos internos como externos. Como todo processo de construção começa do mais sutil, da idéia ou plano, ou seja, do interior, o homem deve promover sua transformação interior para que ela se reflita também no exterior. Mas a recíproca também é verdadeira. Toda mudança em nossa natureza exterior, em seus hábitos e virtudes, será refletida em nosso interior. Portanto, o homem deve assumir a responsabilidade pela construção de sua vida, aperfeiçoando tanto seu exterior quanto seu interior. Mas, como o ser humano é uma totalidade, ele deve promover também a integração de suas naturezas interior e exterior.

O construtor responsável e experiente é cuidadoso na escolha dos materiais usados em sua obra. Esses materiais no homem são suas ações, palavras e pensamentos, que devem ser conscientemente escolhidos e não apresentar nenhuma mácula, pois nenhuma impureza deve ser incorporada ao acabamento de sua obra, desfigurando-a. Uma construção deve atender aos requisitos de funcionalidade e estética e estar em harmonia com o meio ambiente. Cada um de nós deve identificar a função que dará para sua obra, ou seja, a sua vida. Sua casa, isto é, a natureza exterior do homem como apresentada figurativamente na Bíblia, deve ser bela não só aos olhos mas principalmente ao coração. O padrão de beleza a ser seguido é o das características permanentes interiores e não das passageiras externas, ou seja, as virtudes que enobrecem o homem. Essa construção também deve estar inserida harmonicamente no ambiente em que o homem vive.

A necessidade de harmonia com o meio ambiente remete-nos ao segundo aspecto da construção pela qual o homem maduro deve se responsabilizar. Como todo homem é um membro da grande família humana, sendo mais uma expressão do Divino Um, na medida em que vai se tornando mais apto na construção de seu microcosmo, passa a entender que ele não está sozinho no mundo e que todos seus irmãos estão, como ele, interagindo de forma interdependente. Quanto mais a construção de um microcosmo se harmoniza com o ambiente em que vive, mais fácil torna-se para seus vizinhos promoverem suas construções individuais e se harmonizarem com os outros. Quando o trabalho no microcosmo estiver terminado, ou seja, quando o homem alcançar a perfeição, definida por Paulo como ?a estatura da plenitude de Cristo?, sua responsabilidade será inteiramente voltada para a construção do mundo maior, do macrocosmo, como verificamos no ministério de Jesus e, em menor grau, no trabalho apostólico de seus discípulos.

Porém, a participação do homem na construção do mundo maior não começa somente quando ele alcança a perfeição. Quando isso ocorre o homem passa a dedicar-se inteiramente ao trabalho externo de cooperação na melhoria das condições de vida externa e interna de seus semelhantes. No entanto, bem antes disso, a partir do momento em que manifesta seu desejo de seguir o Mestre e tornar-se um trabalhador na seara do Senhor, ele deve dividir seu tempo e sua atenção entre a construção de seu microcosmo e sua cooperação no trabalho maior. O primeiro passo nessa cooperação com o trabalho maior é considerar todas as tarefas de sua vida como contribuições para a harmonia e o bem estar de seus irmãos. Essa atitude é especialmente importante no trabalho profissional. Tudo o que fizermos deve ser bem feito e realizado com amor, como se nosso chefe ou cliente fosse o Cristo, o que é a pura realidade, apesar de não nos darmos conta disso.

Uma parte importante de nosso progresso na senda espiritual depende de nosso comprometimento verdadeiro com o bem estar espiritual da humanidade. O progresso será mais rápido na medida em que nosso coração demonstrar uma determinação crescente para ajudar a humanidade, secando suas lágrimas, promovendo a saúde do corpo e da alma de nossos irmãos e, sobretudo, procurando diminuir a ignorância, que é a causa raiz por trás de todos pecados que causam o sofrimento humano. O trabalho de salvação, porém, deve seguir o modelo estabelecido pelo Mestre: ensinar as leis e processos relacionados à vida espiritual com nossas palavras e principalmente com nosso exemplo e, não menos importante, respeitar o livre arbítrio das pessoas com muito amor e compreensão para o momento de vida de cada um.

Diferentemente dos projetos de construção no mundo material, que chegam ao seu término, a construção da vida do homem é dinâmica e nunca termina. O homem e o universo evoluem sempre. Não há limite para o crescimento espiritual. As idéias muitas vezes apresentadas de que no céu o homem passará a eternidade contemplando a Deus passivamente, ao som da música angélica, é uma distorção da verdade. À medida que o homem progride na escala evolutiva, ele será sempre chamado a cooperar em tarefas cada vez mais amplas e complexas, seja neste mundo seja em outros planos da natureza.

Vemos, portanto, que a essência do ministério de Jesus era nos despertar para a responsabilidade da construção de nossa vida e ensinar-nos como fazer isso. A forma como Jesus ministrava suas lições, com parábolas que exigiam o engajamento mental de seus ouvintes para entendê-las, era uma forma de promover essa mudança de atitude. O ensinamento divino não era tão detalhado e explícito, como seria apropriado a uma humanidade infantil que só precisava aprender a obedecer, mas era sim indicativo, sugestivo, para que o homem aprendesse a pensar por conta própria. O esperado para o judeu antigo era que fosse obediente à Lei. Mas, o seguidor de Jesus, agora responsável por sua vida, deve tornar-se um ?buscador da verdade?.

Todo ministério do Mestre visava, portanto, promover a nossa autotransformação. Essa palavra é realmente apropriada, pois não se trata somente de transformação, mas de mudarmos a nós mesmos. Dai a importância da responsabilidade para com nossa própria vida. Somente assim poderemos deixar para trás o velho homem e promover o nascimento do homem novo, para quem estão abertas as portas do Reino dos Céus.

Para alguns cristãos que conhecem bem a Bíblia, pode parecer estranha essa referência à autotransformação como essencial para a salvação. A razão disso foi um infeliz lapso na tradução de uma das passagens lapidares do evangelho. João, o batista, o precursor do Cristo, é apresentado apregoando: ?Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo? (Mt 3:2). Porém, no original grego do evangelho, a palavra traduzida como ?arrependei-vos? (metanoeite) significa, na verdade, ?mudem a vossa mente?, ?renovem o vosso conteúdo mental? ou, simplesmente, ?transformem o vosso interior?. A mente de todo aquele que aspira entrar no Reino dos Céus deve ser retirada das coisas deste mundo e voltada para a busca da realidade interior. Assim, o Reino dos Céus estará cada vez mais próximo à medida que nos transformarmos interiormente, mudando o foco de nossa atenção do exterior para o interior.

Curiosamente, essa passagem (Mt 3:2) na versão aramaica (aramaico era a língua em que Jesus pregava) da Bíblia, é plena de significados e conotações que nos remetem também ao ensinamento de transformação e não de arrependimento. Sua tradução é apresentada como: ?Voltem! Retornem à união com a Unidade, como o mar fluindo de volta à costa com a maré. A visão que capacita, o ?Eu Posso? do cosmo, o reinado de tudo que vibra, o reino dos céus chega neste momento! Ele se acerca, tocando-nos, arrebatando-nos, puxando-nos de volta para o ritmo de vibração com o Um.?[17]

Com a distorção da tradução atualmente aceita, perdemos a noção de que somos responsáveis pela construção de nossa vida, por meio da mudança interior, sendo essa uma condição impreterível para que possamos alcançar o Reino dos Céus. Em lugar desse ensinamento positivo, recebemos um legado de negatividade, de culpa por pecados cometidos que devemos nos arrepender. Nossas almas são direcionadas para um passado pecaminoso em lugar da promessa de um futuro glorioso, que pode ser construído pela disciplina de nossa mente. Paulo, o grande apóstolo, insistia na necessidade de autotransformação em suas pregações, dentre as quais a mais explícita capta e expande o verdadeiro sentido original da exortação de João Batista (Mt 3:2): ?E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus? (Rm 12:2).

O contraste entre os enfoques de arrependimento de nossos pecados, por um lado, e de mudança interior para construir nossas vidas, por outro, está presente nas duas grandes correntes teológicas do cristianismo, que poderíamos chamar de ?tradição da queda e redenção? e ?tradição centrada na criação.? Infelizmente, para a vida espiritual do cristão, a primeira corrente vem dominando a formação eclesiástica de católicos e protestantes ao longo dos séculos. Ela remonta principalmente a Agostinho (345-430 d.C.), tendo como grande e influente expoente Thomas à Kempis (1380-1471), autor da obra Imitação de Cristo, que desde então vem orientando a vida espiritual de incontáveis gerações de cristãos. A tradição centrada na criação, porém, é muito mais antiga e seus expoentes muito mais ilustres. Tem suas raízes no século IX antes de nossa era com os Salmos, os livros de sabedoria da Bíblia e os de muitos profetas. A maioria dos teólogos parece ignorar que Jesus foi seu principal expoente sendo essa tradição sistematizada pelo primeiro teólogo do ocidente, Irineu de Lyon (130-200 d.C.).

O foco da atenção da tradição da ?queda e redenção? é o pecado e a negatividade, com ênfase no pecado original. Seu ponto alto é a morte de Jesus na cruz. Sua espiritualidade é baseada na mortificação do corpo, no controle das paixões e no arrependimento. Para ela a vida eterna vem depois da morte. Prega a obediência e o sentimento de culpa. Para essa escola a humanidade é pecadora. O esforço dos fiéis deve ser a construção da Igreja, pois o Reino é apresentado como expresso pela Igreja.

Já para a tradição ?centrada na criação,? tudo começa com Dabhar (heb.) a energia criativa de Deus, geralmente traduzida como a Palavra, o Verbo. Sua ênfase é a bênção original. Seu ponto alto é a ressurreição de Jesus. Sua espiritualidade é baseada na disciplina para o renascimento ou transformação interior, que ocorre no êxtase, na paixão da bem-aventurança. Prega a criatividade e o agradecimento pela vida e a graça. Para ela a humanidade é divina, ainda que capaz de escolhas pecaminosas e mesmo diabólicas. O esforço dos fiéis deve ser a construção do Reino, sendo ele equivalente à criação, ao cosmo.[18]

Como os seres humanos estão em diferentes estágios do caminho espiritual e, devido a seus temperamentos diferentes, são mais facilmente tocados por determinados enfoques, verificamos que o Mestre repetia seguidamente o mesmo ensinamento sob ângulos diferentes. A pedagogia divina visava facilitar o aprendizado dos filhos de Deus, levando em conta suas inúmeras limitações, repetindo a mesma lição de formas diferentes, até que ela fosse aprendida. O processo de renovação, ou renascimento interior, que ocorre com todo aquele que busca trilhar o caminho espiritual, permite e, na verdade, assegura que, uma vez iniciado o processo de autotransformação, o devoto passará a incorporar em suas práticas exatamente aquilo que ele mais necessita para dar o próximo passo.

Por isso estamos confiantes que os ensinamentos essenciais que serão apresentados ao longo deste trabalho podem atender aos anseios da alma de todo aquele que busca o Reino. O Divino pedagogo nos legou alguns instrumentos que permitem integrar, de forma natural, a essência de seus ensinamentos transformadores em nossa vida. Esses instrumentos podem ser agrupados em dois níveis: (1) o fundamento de uma vida ética, para os que anseiam melhorar sua qualidade de vida, para assim promover a paz interior e a harmonia no âmbito familiar e social, e (2) a essência da vida espiritual, para os que sentem o chamado interno para entrar pela porta estreita e seguir o caminho apertado que leva ao Reino, ou seja, à experiência de Deus. Com esses instrumentos podemos restaurar a paz e o contentamento na nossa vida diária e atender os anseios de nossas almas de acelerar nossa viagem de retorno à Casa Paterna, como filhos pródigos que somos.


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